SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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10/5/2016

Oficiais de justiça sofrem tentativa de atropelamento no DF

Para evitar penhora, filho do devedor avançou com veículo; categoria denuncia falta de segurança

Dois oficiais de justiça do Distrito Federal sofreram uma tentativa de atropelamento quando cumpriam mandado de penhora. O incidente ocorreu no início do mês passado, mas as imagens só foram divulgadas neste mês, segundo notícia publicada no portal G1 no último sábado.

Conduzido pelo filho do devedor, o veículo avançou sobre a dupla de oficiais até ser parado por policiais militares que patrulhava a região. Pai e filho foram autuados por desacato e desobediência.

À reportagem do G1, um dos oficiais que cumpria a diligência denunciou a falta de segurança no trabalho. “Meu relógio, minha caneta e meus óculos filmam. Como a gente não tem posse de arma, nossa única segurança é registrar tudo”, afirmou o oficial Gustavo Terra, do TJDF.

“A segurança dos Oficiais é um tema muito importante porque versa sobre o bem jurídico maior,  que são as nossas vidas;  por falta de políticas das administrações, do governo e por falta de uma luta mais efetiva, nós pagamos um preço muito alto,  inclusive com a vida de alguns colegas,  como todos já sabemos”, diz Erlon Sampaio, oficial de justiça da Ceuni, diretor do Sintraduj e coordenador da Fenajufe.

Na avaliação dele, o debate sobre o tema deve ser ampliado. “Os servidores têm que cobrar das administrações e do governo medidas para, pelo menos, minimizar os riscos a que esses trabalhadores ficam expostos enquanto laboram em favor da jurisdição e da União, mas a luta tem que se dar nacionalmente para que não tenhamos que pagar com mais vidas ", conclui.

Lynira Sardinha, oficial de justiça da JT-Cubatão e diretora do Sintrajud também defende a ampliação do debate e a intensificação da luta. “Não passa uma semana sem que tenhamos notícias de oficiais de justiça que sofreram grave ameaça, lesão corporal, cárcere privado, que foram roubados ou assaltados no cumprimento de mandados ou, em casos mais extremos, foram mortos.  A falta de segurança e punição severa, estamos nos tornando alvo fácil. Mas mesmo diante de tantos exemplos e evidências, o STF segue sem reconhecer o risco da atividade”, defende.




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