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O TRT-SP determinou a reintegração dos 32 funcionários do Metrô paulista demitidos por justa causa na greve da categoria de 2014. Com eles, mais três foram reintegrados ao trabalho em decisões judiciais anteriores. Os metroviários estavam em greve por reajuste salarial e condições de trabalho.
Por três votos a zero, as desembargadoras votaram pela reintegração. A tutela antecipada, entretanto, não foi concedida. O sindicato defende a reintegração imediata.
O tribunal julgou que o Metrô não conseguiu comprovar a argumentação da acusação de que, nos piquetes, os 42 trabalhadores agiam com violência para impedir a entrada de outros ao local de trabalho, seguravam as portas dos trens para impedir a entrada dos passageiros e depredaram o patrimônio publico. “Os vídeos e as testemunhas apresentadas pelo Metrô comprovaram que os trabalhadores agiam no efetivo exercício do direito de greve, sem violência, sem fazer ameaças; exerceram o direito de conversar com os demais colegas”, relata a advogada dos metrovi- ários, Eliana Ferreira.
O Metrô ainda pode recorrer ao TST, mas a decisão já é considerada uma vitória para o conjunto dos trabalhadores e foi comemorada por servidores no 9º Congrejufe quando foi anunciada.
Para eles, a decisão reconhece o direito à greve e à organização sindical. “É uma vitória da classe trabalhadora como um todo. Uma demonstração de que, unidos, os trabalhadores podem vencer, não só conquistando as campanhas salariais, mas principalmente preservando os seus direitos, e o seu direito de lutar, inclusive”, avalia Fagner Azeredo, servidor do Rio Grande do Sul e diretor do Sintrajufe-RS.
