SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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29/4/2016

Construir uma direção para Fenajufe que espelhe o rompimento com a CUT

Em Minas, categoria aprovou a saída da CUT, mas governistas seguiram em maioria na direção

Plenária do 8º Congrejufe, em Minas Gerais, aprova a desfiliação da Fenajufe da CUT. Foto: Joca Duarte

Faz três anos, em Caeté (MG), os servidores aprovavam, durante o 8º Congrejufe, a desfiliação da Fenajufe da CUT. A decisão expressava a rejeição da base da categoria ao sindicalismo chapa-branca.

No entanto, a eleição da direção da federação, embora com um grande peso de setores não ligados ao governo, não refletiu plenamente essa mudança política. A direção da Fenajufe se manteve majoritariamente governista. Esse perfil governista da CUT ganhou proporções mais fortes a partir da posse de Lula, em 2002.

Mas, antes disso, os setores que controlavam essa central já eram questionados pelo modo que tratavam os direitos dos trabalhadores. Foi o que aconteceu quando o então presidente da entidade, Vicentinho, negociou com FHC (PSDB) direitos históricos na primeira reforma da Previdência, em 1998.

Os servidores que participam do 9º Congrejufe, em Florianópolis três anos após a decisão de Minas, terão a oportunidade de assegurar uma direção que reflita o rompimento com a CUT e com o chamado sindicalismo chapa-branca.

Dirigentes sindicais cutistas boicotaram luta

Postagens desrespeitosas na internet. Declarações de supostas negociações paralelas, à revelia da categoria. Reconhecimento de que entre salvar o governo e o reajuste dos servidores, não hesitaria em optar pelo primeiro. Tentativa de fomentar o medo.

Esses foram alguns dos atos de certos dirigentes da federação ligados à CUT durante a luta pela PLC 28, que levaram a plenária de João Pessoa (PB) a afastar o coordenador Roberto Ponciano de negociações. Boicotam as lutas e tentaram responsabilizar os servidores pelo arrocho do governo que apoiam. E tornaram-se defensores do presidente Ricardo Lewandowski, a quem uma das dirigentes cutistas chamou de ‘melhor gestão do STF na relação com os servidores’.

Não hesitaram em participar da reunião paralela montada para justificar a visita de Leawandowski a Dilma, em Portugal. Dirigentes do Sisejufe-RJ e do Sindiquinze, dois dos poucos sindicatos que permanecem na CUT, participaram dessa reunião.

Naquele período, enquanto milhares de servidores ocupavam as ruas para derrubar o veto, a CUT recebia com festa a presidente em seu congresso.

Dilma no congresso da CUT, em 2015: festa. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR




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