SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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28/4/2016

Servidor é trabalhador, afirmam delegados ao 9º Congrejufe

Propostas de alteração estatutária estão sendo debatidas e votadas na plenária que ocorre na noite desta quinta-feira (28), em Florianópolis

                  Foto: Joca Duarte

Os delegados ao 9º Congrejufe reafirmaram a concepção de que a categoria é formada por trabalhadores do serviço público do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. Os servidores rejeitaram a proposta, apresentada por parcela dos delegados, de alteração estatutária na qual o nome da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU seria alterado. A palavra ‘trabalhadores’ seria substituída por ‘servidores’. 

 As questões relativas ao estatuto estão sendo debatidas e votadas na plenária do congresso nacional da categoria que ocorre na noite desta quinta-feira (28), em Florianópolis (SC). A proposição, porém, ficou longe de obter o número de votos necessários para alterar o estatuto. Há 540 delegados credenciados. As mudanças estatutárias precisam ser aprovadas com o voto de 50% mais um do total de delegados, no caso 271. A proposta em questão teve 146 votos.

 O servidor Pedro Aparecido, do Judiciário Federal em Mato Grosso e da coordenação da federação nacional, foi um dos que se manifestou na tribuna contra a proposta e defendeu a manutenção do termo trabalhador. Ele disse que via com tristeza o que estava sendo proposto e que, por trás disso, haveria a intenção de negar a história de luta da federação. “Comecei a trabalhar com cinco anos de idade. Há 47 anos eu sou trabalhador. Há 35 anos eu sou servidor público com muito orgulho, da classe trabalhadora”, disse. 

 Pedro afirmou que a concepção ideológica dessa proposta levaria, caso aprovada, a num futuro próximo transformar a federação em uma associação recreativa e na tentativa de substituir ‘servidor’ por colaborador, assimilando a linguagem usada pelas federações patronais da indústria e do comércio para descaracterizar o sentimento de classe dos assalariados. “Não somos colaboradores, somos trabalhadores”, afirmou.




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