SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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28/4/2016

9º Congrejufe assegura participação de quem acompanhava PL 2648 na Câmara

Congresso da Fenajufe, que acontece em Florianopólis, entra em seu segundo dia de discussões

     Foto: Joca Duarte

O segundo dia de 9º Congrejufe, congresso nacional dos servidores do Judiciário Federal e MPU que acontece em Florianópolis (SC), começou com polêmica. O regimento interno, que normatiza o evento, sua programação e votações, gerou muita discordância entre os delegados e observadores presentes.

A principal delas foi a defesa feita pela direção da Fenajufe de prorrogação do prazo para credenciamento dos participantes que deveria terminar às 18h desta quinta-feira, 28. No entanto,  tal prazo inviabilizaria o credenciamento dos servidores que estão em Brasília acompanhando e atuando em torno da apreciação do projeto de lei 2648/2016, que trata do reajuste salarial da categoria.  O pedido de urgência na tramitação do projeto salarial foi aprovado na sessão da Câmara dos Deputados na tarde desta quinta.

 “Alguns dos companheiros já estavam aqui em Florianopólis e tiveram que ir para Brasília, atendendo ao que foi aprovado nos fóruns da categoria, de lutar por melhorias e pela aprovação do PL 2648/2016”, afirmou Jean Loiola, coordenador da Fenajufe. “Estão em Brasília colegas da direção e de várias entidades do páis, não é justo excluí-los do Congresso, por isso, a necessidade de criar uma regra geral e dilatar o prazo para que garanta a participação de todos”, concluiu.

Contra esta proposta, parte dos delegados defendeu que não houvesse prorrogação do prazo para credenciamento dos participantes, o que inviabilizaria a presença dos servidores que estavam em Brasília no congresso. “É aqui e agora que temos que definir quem vai representar nossa categoria, não temos que esperar ninguém não, todo mundo sabia programação do congresso, por isso a argumentação de que tem pessoas defendendo nosso projeto em Brasília não cola”, declarou André Borato, servidor do DF.

Ao final, por 285 votos a 192, porém, decidiu-se por prorrogar o prazo e viabilizar o credenciamento e a consequente participação da comissão que está em Brasília na instância máxima da organização sindical da categoria.

Para o servidor Pedro Aparecido, de Mato Grosso, que também integra a direção da Fenajufe, o episódio foi um “momento grave” no 9º Congrejufe. “Uma falta de solidariedade com quem luta. Independente do mérito, se está lutando por uma deliberação da categoria: o PL e a tentativa de melhorias no projeto”, disse. “Mas o Congresso teve a maturidade de decidir que não se abandona os que lutam e isso vai facilitar a condução dos trabalhos daqui por diante”, observou.

Avaliação similar tem Madalena Nunes, servidora do Piauí e da coordenação da federação. Ela afirma que não se pode trabalhar sob a “lógica da exclusão” e que os servidores foram a Brasília por um motivo plenamente justificável. “São diretores da Fenajufe que estavam aqui para participar do Congresso e que voltaram para Brasília para defender um direito da categoria”, disse. “Temos que reconhecer as nossas diferenças e conviver com elas”, pondera. Ao final, porém, considera que a experiência foi importante. “Sei que esse é um processo dinâmico e acredito que vai haver uma reflexão por parte de quem discordou [da participação deles]”, avaliou.

 

 




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