SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
.

Notícias do site antigo

14/4/2016

Servidores vão às ruas nesta 5ª (14) contra pacote antisserviço público

Atos no DF e nos estados dirá que "ajuste" não pode ser feito com salário e aposentadoria; ministro recebe centrais, mas descarta retirar projeto

Servidores públicos vão às ruas em Brasília e nos estados, nesta quinta-feira (14), para dizer que o ‘ajuste fiscal’ e a crise não podem ser pagos com redução de direitos previdenciários e de salários. Os contracheques estão ameaçados tanto pelo congelamento, que reduz o seu valor real, quanto pela diminuição de seu valor nominal por meio do aumento da alíquota descontada a título de previdência. Na capital federal, o ato começou pela manhã, em frente ao Ministério da Fazenda. Servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União devem participar.

Embora cada setor possua pautas específicas, unem o conjunto dos servidores a defesa dos serviços públicos, a resistência aos pacotes que governos de todas as três esferas tentam aplicar contra o funcionalismo, a defesa do direito à aposentadoria e a rejeição ao projeto de lei complementar (PLP 257/2016) que pode congelar salários, proibir concursos públicos, privatizar e terceirizar setores.

Os atos são parte do dia nacional de mobilização convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais pelo cumprimento de acordos de greve firmados no ano passado e contra o PLP 257, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados (PLP 257/2016). Em Brasília, o ato acontece desde o início da manhã em frente ao Ministério da Fazenda – de lá, os manifestantes devem se dirigir ao Congresso Nacional. O projeto é considerado o mais duro ataque aos serviços públicos e ao funcionalismo desde a reforma administrativa do governo de Fernando Henrique Cardoso, na década de 1990.

Reunião com Berzoini sobre o PLP 257

Da reunião das centrais sindicais com o ministro-chefe da Casa Civil, Ricardo Berzoini, não saiu um compromisso do governo de retirar do PLP 257 os itens que prejudicam os servidores e asfixiam os serviços púbicos. Quem afirma é o servidor do IBGE Paulo Barela, da coordenação nacional da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), que participou da audiência. Alguns veículos de comunicação sindicais divulgaram que o governo recuara da proposta e iria retirar os pontos que atacam o funcionalismo.

 Segundo disse ao portal da central na internet, não houve por parte de Berzoini compromisso formal de retirar do projeto os pontos destacados pelos servidores, mas a declaração da intenção de abrir essa possibilidade, desmembrando o projeto. Não foram dadas garantias disso, porém.

 O titular da Casa Civil também descartou a reivindicação das centrais para que o governo retire a urgência do projeto. “O ministro abriu a reunião informando que concordou em realizar a reunião com as centrais sindicais, mas que não está em discussão a retirada do PLP-257 da pauta do Congresso, ou seja, o governo reafirma que quer aprovar esse projeto”, disse Barela.




Voltar