SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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15/3/2016

Presidente do TRT-2 publica Portaria com medidas de segurança após pressão dos servidores

Medida paliativa prevê o fechamento do acesso às rampas, dificultando a locomoção dentro do prédio

Após pressão dos servidores, a desembargadora presidente do TRT-2, Silvia Devonald, publicou nesta segunda-feira, 14, a Portaria GP nº 17/2016, que dispõe sobre medidas imediatas de segurança no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa. A Portaria foi uma resposta a recente tragédia que aconteceu na quarta-feira, 9, quando um homem cometeu suicídio no prédio. Esse, entretanto, não foi o primeiro; em menos de dois anos, foram três suicídios no Fórum, e somente agora a administração do TRT-2 tomou uma providência.

Durante todo esse período os servidores têm trabalhado em estado de alerta, insegurança, apreensão e medo e pediam providencias a fim de impedir novas ocorrências.

A Portaria estabelece, como medida provisória, o madeiramento de todos os parapeitos dos andares, para complementar a altura e criar obstáculos para o acesso de pessoas ao vão central. No entanto, até que a obra seja concluída, fica proibido o acesso às rampas do Fórum. A movimentação de pessoas, processos e equipamentos só poderá acontecer pelos elevadores e pelas escadas existentes nas extremidades de cada andar, gerando novos problemas de segurança. A portaria não estabelece prazo para conclusão.

Segundo a diretora do Sindicato e oficial de justiça da JT, Lynira Sardinha, além dos problemas quanto a locomoção no Fórum, o madeiramento traz riscos aos servidores. “O madeiramento, na verdade, vai piorar a iluminação do Fórum e, em caso de incêndio, ajuda a propagar o fogo, ou seja, impõe novos riscos à saúde e a segurança do trabalhador”, declarou.

Na opinião da servidora da JT e diretora do Sindicato, Inês Leal, apesar de a Portaria avançar no sentido de buscar segurança, não soluciona e nem atende às demandas dos trabalhadores do Fórum Ruy Barbosa. “A presidente fez a Portaria, mais uma vez, sem ouvir os servidores e não esclarece porque o uso do madeiramento seria a melhor solução para a segurança no Fórum”, afirmou Inês.

Nas assembleias setoriais os servidores indicaram como solução imediata e de baixo custo para segurança do tribunal colocar redes de proteção. Inclusive, durante a reunião do Pleno que aconteceu nesta segunda-feira, 15, a Corregedora-Geral do TRT-2, Beatriz de Lima Pereira, defendeu como melhor medida de segurança a mesma proposta dos servidores, o uso das redes de proteção.

“O uso de redes geraria menos transtornos aos servidores e usuários e manteria o uso das rampas. Hoje, os elevadores do prédio já estão sobrecarregados e quem trabalha nos andares mais altos com certeza já perde até vinte minutos do seu horário de almoço aguardando o elevador e isso vai piorar. A própria presidência informa que, por conta do corte no orçamento, pode demorar para que sejam feitas as obras definitivas, ou seja, com essa medida podemos ter uma piora em nossa condições de trabalho por um longo período”, finalizou Inês.




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