SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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8/3/2016

44° Conselho de Base debate situação política e econômica do país

Próxima reunião já está marcada para acontecer no dia 14 de maio

                                Diretores de base eleitos em novembro de 2015    Foto: Joca Duarte

Na manhã do último sábado, 5, foi realizado o 44° Conselho de Base do Sintrajud, com ampla participação dos novos diretores de base, eleitos no final do ano passado. O conselho de base é uma instância de deliberação sobre as propostas da categoria a serem encaminhadas pelo Sindicato.

Os servidores fizeram uma discussão sobre a atual conjuntura política do país, que atravessa uma grave crise econômica e política e as possíveis saídas para os trabalhadores. O debate contou com a presença do professor de economia da Unicamp Plínio de Arruda Sampaio Junior, com o professor do Instituto Federal de São Paulo Valério Arcary e com o coordenador da Fenajufe Adilson Rodrigues.

Os palestrantes demonstraram a gravidade da crise econômica, uma das mais profundas da história moderna brasileira, e da crise política, expressa na decadência do governo Dilma/PT. Segundo Valério Arcary, a crise política se agrava a cada dia e a presidente está perdendo o apoio do empresariado, mesmo aplicando todas as medidas de ajuste fiscal e de retirada de diretos dos trabalhadores. “Os empresários e banqueiros têm cada vez mais acordo de que Dilma não tem condição de se manter no governo até 2018; ou seja, ela tem cada vez menos apoio no circulo empresarial que ela se esforça diariamente em agradar, aplicando o ajuste fiscal e retirando cada vez mais direitos dos trabalhadores”, declarou.

 Para Plínio de Arruda Sampaio, os ataques aos direitos dos trabalhadores são parte da tentativa de resolução da crise econômica. “Ajuste fiscal é a concretização da saída dos empresários para a crise, porque, a curto prazo, significa arrocho salarial, mais desemprego, o ataque aos serviços públicos e privatizações”, afirmou. “O desafio dos trabalhadores é resistir aos ataques do capital, que serão violentos e sistemáticos e, para resistir e enfrentar é preciso sair das alternativas binárias de escolher entre o ruim e o muito ruim; é preciso unidade da classe trabalhadora, da categoria com a classe, porque sozinho ninguém vai aguentar o tamanho do tsunami que vem pela frente”, concluiu.

Por fim, Adilson Rodrigues relembrou a greve histórica que a categoria realizou ano passado e ressaltou a necessidade de a categoria se manter organizada para combater os ataques do governo. “A disputa sobre o governo no nosso pais vai se dar na luta e nas ruas e temos que nos posicionar”, declarou. “Temos um compromisso com nossa pauta histórica, da nossa categoria e do conjunto dos trabalhadores; por isso é nosso dever levantar essas bandeiras e nos organizar mais e melhor. Vamos à luta.”

Diante dessa discussão, foi apresentada no conselho a proposta de o Sindicato não participará nem dos atos convocados para o dia 13 de março, que serão construídos por um campo de direita, e nem dos atos de 31 de março, construídos em defesa do governo. O Sintrajud vai construir, com a CSP Conlutas e o Espaço de Unidade de Ação, o Dia Nacional de Luta contra as mentiras do governo, no dia 1º de abril. A proposta foi submetida e aprovada na assembleia geral que aconteceu no mesmo dia, após o conselho, e reuniu centenas de servidores.

A próxima reunião do Conselho de Base será no dia 14 de maio.

                              Mesa do Conselho de Base foi composta por Plínio de Arruda Sampaio Junior, Valério Arcary e Adilson Rodrigues que fizeram uma discussão sobre a conjuntura econômica e política do país        Foto: Joca Duarte




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