SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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8/3/2016

Trabalhadoras fazem ato no vão do Masp a partir das 16h

Movimento Mulheres em Luta realiza manifestação para dizer que elas não pagarão a conta da crise

Em todo o país as trabalhadoras vão levantar suas bandeiras de luta para dizer em alto em bom som que não pagarão a conta da crise.  O Movimento Mulheres em Luta já começou a agitação nos estados, fazendo panfletagens, pintando as bandeiras e chamando a todas as mulheres para participar dos atos. Em São Paulo, a concentração será às 16h, com saída às 18h do Vão Livre do Masp.

Mariane Cristiana de Oliveira tem 20 anos e é mãe de dois filhos. Ana Carolina da Silva tem 23 anos e também tem dois filhos para sustentar. Essas mulheres são jovens, negras, mães de família, pobres e têm em comum o trabalho precário na empresa de limpeza terceirizada Higilimp, que abriu falência e não pagou os salários atrasados.  Essas trabalhadoras engrossam a estatística de exploração e do machismo, em que as mulheres ainda são submetidas.

De acordo com o dossiê “Terceirização e Desenvolvimento: uma conta que não fecha”, divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 2015, as empresas terceirizadas abrigam as populações mais vulneráveis do mercado de trabalho, e as mulheres estão nesta lista.  Esse é o perfil de muitas mulheres que estão no mercado de trabalho. A elas ainda é destinado o trabalho terceirizado, ou o trabalho doméstico sinônimos de precarização e de baixos salários.

As mulheres também são as que mais enfrentam o fantasma do desemprego, em comparação aos homens, de acordo com a pesquisa divulgada também pelo Dieese na quinta-feira (3).  

Em São Paulo, a taxa de desemprego feminina cresceu, pelo segundo ano consecutivo e passou de 12,2% para 14,3%, entre 2014 e 2015.

Violência  

O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, perdendo somente para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.

O Mapa da Violência divulgado em 2015 mostra que de 2007 a 2013, as taxas de morte de mulheres passaram de 3,9 homicídios para cada 100 mil mulheres, para 4,8 por 100 mil, ou seja, um aumento de 23,1%.

A ilusão da “democracia racial” cai por terra e o racismo se revela, quando vamos verificar quem são as mulheres que estão sendo assassinadas. No intervalo de uma década, de 2003 a 2013, o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, enquanto no mesmo período, os homicídios de mulheres negras aumentaram 54,2%.

São as mulheres trabalhadoras, negras e pobres têm pagado com suas próprias vidas o preço pela omissão total do Estado, comandado por um governo que não dá a mínima para a vida destas mulheres.

Vamos às ruas denunciar os governos, desde o federal com Dilma/PT e PMDB, até os estaduais e municipais, com os demais partidos dos ricos como PSDB, PSB, DEM, etc., que não cansam de atacar nossos direitos para garantir seus lucros e privilégios. Por isso, neste 8 de Março, o Movimento Mulheres em Luta vai para as ruas com o eixo “Contra Dilma, Temer, Cunha e Aécio: Basta das trabalhadoras pagarem pela crise”. 




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