SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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9/12/2015

Estudantes fazem Alckmin suspender a "reorganização" das escolas

Secundaristas mantém a mobilização até que projeto seja cancelado permanentemente

Na batalha campal entre os estudantes secundaristas da rede estadual e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o governo saiu perdendo. Alckmin teve que recuar e anunciou a suspensão de seu projeto de reorganização que previa o fechamento imediato de 93 escolas e o remanejamento de milhares de alunos, depois que os estudantes ocuparam mais de 200 escolas e realizaram intensas manifestações, duramente reprimidas pela Polícia Militar. O único decreto que tratava do assunto foi revogado neste sábado, 05.

Depois do anúncio do governador, Herman Voorwald, secretário de Educação de SP, deixou o cargo.

“Alckmin que começou o ano batendo em professor e queria terminar o ano batendo em estudantes, mas foi obrigado a recuar e suspender a reorganização escolar, os secundaristas deram uma lição de garra e resistência”, afirmou a diretora do Sintrajud, Angélica Olivieri.

Escolas de luta

 A estudante Marina Cintra (20), que está acampada na sua antiga escola, a Escola Estadual Martin Egídio Damy, localizada na Brasilândia, zona norte da capital, comemorou a vitória, ainda que parcial, mas reafirmou que os estudantes continuarão na luta até o cancelamento do projeto. “Acho que foi uma grande vitória o Alckmin ter suspendido a reorganização, ele se dobrou, mas temos que ver o que vai acontecer, porque não dá para confiar no Alckmin”, disse à reportagem.

Neste domingo, 6, os estudantes realizaram o Encontro Estadual das Escolas Ocupadas para discutir os próximos passos do movimento. Em nota, os secundaristas reafirmaram que continuarão mobilizados até que o projeto de “reorganização” escolar seja cancelado permanentemente.

“Continuaremos na luta, seja ocupando as escolas ou as ruas. A força dos estudantes já foi provada uma vez que o governador teve que recuar com o projeto e o secretário teve que deixar o cargo. Uma grande derrota imposta pelos estudantes”, afirma a nota.

Ainda em nota, os estudantes exigiram a punição dos policiais que reprimiram e ameaçaram manifestantes e que alunos, pais, professores e demais profissionais do setor, além de apoiadores, não sejam retaliados ou criminalizados.

Ato de solidariedade

Um ato de solidariedade ao movimento acontecerá nesta quarta-feira, 9, às 17 horas, na Avenida Paulista, com concentração no vão livre do Masp.




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