SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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19/11/2015

Estudantes enfrentam truculência policial em ocupação de escola em Marília

Mais de 80 escolas foram ocupadas por estudantes em SP desde que a gestão Geraldo Alckmin determinou o fechamento de 94 unidades de ensino

(Divulgação)

Cerca de 150 estudantes ocuparam a escola de Ensino Fundamental e Médio Sylvia Ribeiro, em Marília, nesta quinta-feira, 19. Mais uma vez a Polícia Militar reagiu com truculência e usou cassetetes de borracha e gás de pimenta para tentar conter o protesto. Dois adolescentes de 16 anos foram feridos e levados para o Hospital das Clinicas da cidade, e seis ativistas que prestavam apoio foram detidos e levados à delegacia.

O servidor da JF Marília e diretor do Sintrajud João Carlos Carvalho da Silva foi à delegacia para onde os ativitas foram levados. “Nós temos que prestar solidariedade aos estudantes em luta contra algo que também nos atinge, que é precarização da educação e do serviço público, o descaso com serviço público”, diz.

A ocupação em Marília é uma das 81 realizadas em todo o estado desde que o governador Geraldo Alckimin (PSDB) determinou a reforma da educação, que determina o fechamento de 94 escolas e a transferência compulsória dos alunos para outras unidades.

A primeira ocorreu na E. E. Diadema, na cidade que leva o mesmo nome, na região do ABCD, na noite do dia 9; em seguida os estudantes ocuparam a E.E. Fernão Dias, em Pinheiros, onde a PM também agiu com truculência. De lá para cá, ocupações sucessivas estão ocorrendo.

Um problema novo para o estado, com o qual ele não sabe como lidar democraticamente, chegando a pedir na Justiça a reintegração de posse de duas delas, deixando pais, educadores e principalmente os alunos apreensivos.

Adiamento

A reintegração da escola Diadema estava agendada para a tarde de quarta-feira, 17 e foi adiada pelo juiz André Mattos Soares, que quer esperar decisão de reunião de reconciliação. Mas o acordo está distante. A reunião realizada hoje pelo secretário da Educação do Estado, Herman Voorwald, com os representantes das escolas ocupadas terminou sem consenso.

Os estudantes pedem o adiamento da reforma para 2017 depois de ampla discussão e debates. O secretário não concorda e propõe aos estudantes a suspensão da reintegração por 10 dias para que eles possam desocupar as unidades. Os alunos prometeram resistir.

Nova reunião foi marcada para segunda-feira, 23.

Veja vídeo da ação da PM

www.youtube.com/embed/fx58fEKfCoQ




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