SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
.

Notícias do site antigo

23/06/2010

Ato une servidores do Judiciário Federal, Estadual e trabalhadores das universidades paulistas

Na quarta-feira, 23, mais uma vez os servidores do Judiciário Federal e Estadual se uniram em defesa de suas reivindicações salariais. Mas desta vez o ato contou com a presença dos servidores das universidades estaduais (USP e Unesp), também em greve e sob o corte de ponto. O protesto aconteceu na Praça João Mendes, na capital paulista.

A manifestação foi uma demonstração de unidade entre as categorias que estão enfrentando os mesmos ataques. Enquanto os servidores do Judiciário Federal entram no seu 50º dia de greve, na luta pelo PCS, e sofrem os descontos dos dias paralisados no TRE e TRT; os servidores do judiciário estadual estão em greve desde abril, sofrendo os cortes de ponto.

Uma das denuncias feitas no carro de som durante o ato foi que muitos trabalhadores não receberam seus salários, por estarem em greve. Para os manifestantes, isso é um ataque a um direito constitucional. ?Os governos federal e estadual querem impedir que os servidores exerçam seu direito legítimo. Querem impedir a nossa luta por salários dignos e por um serviço público de qualidade. Agora a nossa luta é também por nossa dignidade e pelo direito de greve?, afirmou Erlon Sampaio, diretor do Sintrajud, durante da manifestação.

O ato foi convocado pela Conlutas, Sintrajud e Associações dos Servidores do Judiciário Estadual. Conforme explica Paulo Barela, da Conlutas: ?a ideia foi unificar as ações do funcionalismo em greve e alavancar os movimentos, dando fôlego para as greves e um sentimento de solidariedade entre os servidores em luta?.

Para o sindicalista, a manifestação foi importante, uma vez que mostrou a disposição dos trabalhadores em construir a solidariedade entre os diferentes setores. O ato também demonstra que nas categorias há um ponto em comum: a exploração que os servidores sofrem por parte dos governos.

?Frente à crise econômica, a burguesia e seus governos começam a endurecer com os movimentos de lutas. É por isso que na USP, no Judiciário Estadual e mesmo no Judiciário Federal, tenta-se desgastar o movimento para não abrir concessões. Nas três situações, as administrações estão a serviço dos governos Federal e Estadual e buscam derrotar os movimentos grevistas?, disse.

Barela avalia que a principal vitória dos trabalhadores neste tipo de manifestação é a percepção de que a luta que enfrentam em seu local de trabalho é a mesma de outras categorias. ?Os atos, tanto no ato da semana passada, como no de hoje, acabam se transformando em uma poderosa arma de resistência, em defesa de nossas reivindicações?, concluiu.




Voltar