Não dá mais para esperar. Servidores de todo país estão se mobilizando para ?tomar? Brasília na próxima semana. Em São Paulo, as assembleias setoriais realizadas na semana passada, decidiram que é preciso ir mais forte na luta. A decisão aprovada foi ?acampar? em frente ao STF. Serão três dias de protestos para pressionar o presidente do Supremo, Cezar Peluzo, a cumprir sua palavra e assumir o comando das negociações com o governo pela aprovação do PCS do Judiciário Federal.
A proposta sobre as atividades que serão realizadas em Brasília, serão definidas na próxima reunião do Comando Nacional de Greve, nesta segunda-feira, dia 21.
Os ônibus para Brasília partem segunda-feira, às 15h. ?Precisamos pressionar para que o acordo financeiro entre o STF e Executivo aconteça, senão o PCS vai ficar engavetado?, disse Henrique Sales, do Comando de Greve.
A direção do STF disse ao Comando de Greve Nacional que Peluso já solicitou uma reunião com o presidente Lula (veja abaixo). ?Temos que exigir que sejam cumpridas as palavras?, afirmou David Landau, também do Comando de Greve. A informação é que a reunião será nesta semana, mas não há data definida.
Depois da aprovação na Ctasp e, agora, com a ?promessa? da reunião, a greve entra numa fase decisiva e, para o diretor do Sintrajud e da Fenajufe Antonio Melquiades, o Melqui, é preciso que os servidores se mantenham firmes. ?Não tenho a menor dúvida que esse é mais um passo conquistado com as mobilizações das direções e de toda a categoria, que ousou ir ao enfrentamento. Portanto, nada de esmorecer?, avalia Melqui, que tem mantido vários contatos no STF para obter informações a respeito das negociações entre a cúpula do Judiciário e o governo federal. ?Conseguimos um pênalti a nosso favor. Façamos a bola entrar. Força total na arrancada para a vitória. Vamos levantar o nosso PCS?, anima Melqui.
Segundo Eliseu Trindade, diretor do Sindicato, ?essa caravana, saindo de São Paulo e de vários outros estados, significa o fortalecimento da greve?. ?São Paulo encabeçando essa iniciativa vai levar outros estados que nos têm como referência a seguirem o mesmo caminho. Vamos pressionar o STF e o Planejamento para que o PCS seja aprovado, uma vez que o governo Lula está duro nas negociações?, afirmou.