SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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17/06/2010

Greve que aprovou PCS na Comissão de Trabalho tem que continuar, dizem servidores

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A aprovação unânime do PCS-4 na Comissão de Trabalho da Câmara, na sessão desta quarta-feira (16), foi comemorada com vontade pelos servidores que lotavam o plenário 12 do Anexo II daquela casa legislativa.

Porém os mais de 300 servidores do Judiciário Federal e MPU que “ocupavam” o local saíram de lá convictos de que se venceu uma batalha, mas a luta continua. “Foi a greve que trouxe o projeto para o Congresso. E é a greve que vai garantir que ele seja aprovado”, disse Ana Luiza Figueiredo Gomes, diretora do Sintrajud e da Fenajufe.

Ela considera importante a votação, “porque o projeto tem que andar” dentro do Congresso. “No entanto, nós precisamos partir para o regime de urgência para que o projeto seja votado imediatamente e precisamos que o Supremo pressione o Executivo e o Congresso para que a votação se dê, tem que permanecer na greve”, disse.

Opinião parecida a de Sérgio Murilo de Souza, servidor da Justiça do Trabalho de Santa Catarina. “Foi uma vitória importante, até pelo fato de ser por unanimidade, mas é hora de seguir com a greve a nível nacional, para garantir que o presidente do STF negocie com o presidente Lula e garanta a aprovação do nosso projeto”, defendeu. “O papel do Ministério do Planejamento é nos vencer pelo cansaço”, disse. Mas a greve, avalia, tem como vencer isso. “A votação por unanimidade na Comissão de Trabalho só foi possível por força da nossa greve nacional, temos que parabenizar cada servidor que está em greve país afora”, conclui.

""Não conquistamos nada ainda""

Para Saulo Arcangeli, diretor da federação nacional (Fenajufe) e do sindicato do Maranhão (Sintrajufe-MA), o resultado também foi importante e, ao mesmo tempo, insuficiente. “Nós não temos nada ainda, temos que manter a greve e a pressão, principalmente sobre o Supremo, até a aprovação”, disse.
“O projeto foi aprovado, mas é claro que a luta continua, isso aqui foi só uma batalha, não conquistamos nada ainda”, reforça Antonio Feitosa, servidor da Justiça do Trabalho em Recife (PE).

A servidora Rosicler Bonato, da JT de São José dos Pinhais, no Paraná, avalia que foi superada uma “etapa”, mas é necessário manter a greve para enfrentar a nova comissão. “É necessário que a categoria se mantenha unida e firme na luta”, disse. “Mas [a vitória] dá uma energia extra que nós estamos precisando”, avaliou.

“O conjunto dos servidores tem que estar em mobilização e procurar junto da Comissão de Finanças que os deputados negociem com o governo para que de forma mais rápida se chegue a um entendimento”, disse.

Por Hélcio Duarte Filho
Luta Fenajufe
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