SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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16/06/2010

Servidores de todo país aprovam continuidade da greve nacional e nova caravana dia 22

Após a vitória na Comissão de Trabalho, servidores de todo o país decidem manter a greve nacional e pressionar mais Peluso para que ele feche acordo com Lula

?A greve continua, Lula e Peluso a culpa é sua?. Assim, preservando a rima e sem dar muita bola para a concordância nominal, mas indo direto ao assunto e aos nomes dos apontados como responsáveis pelo impasse na tramitação do PCS-4, a reunião ampliada da federação (Fenajufe) aprovou por consenso a moção que sintetiza a continuidade da greve nacional da categoria.

Representantes de praticamente todos os estados e sindicatos do Judiciário Federal do país decidiram, na tarde desta quarta-feira (16), em Brasília, pela continuidade da paralisação, na reunião realizada logo após a aprovação, na Comissão de Trabalho da Câmara, do projeto que revisa o PCS (PL 6613/2009).

Decisão unânime. Em todos os discursos, e foram muitos os que se manifestaram, prevaleceu a avaliação de que a greve precisa continuar para pressionar governo, STF e Congresso a buscar um acordo financeiro que leve à aprovação do projeto.
A vitória na Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos (Ctasp) foi não só comemorada como creditada à greve e à mobilização da categoria. Mas foi posta em sua real dimensão: uma etapa vencida que ainda não garante que haverá PCS, já que ocorreu sem que fosse selado o acordo financeiro.

Novas caravanas à capital federal

A ampliada aprovou ainda manter as mobilizações em Brasiliana semana que vem. Haverá novo ato público, desta vez no STF, na terça-feira (22).

Todos os sindicatos serão orientados a enviar representações outra vez a Brasília. Haverá uma vigília para mostrar ao presidente do STF, Cezar Peluso, a insatisfação da categoria com o fato de ele até o momento não ter procurado o presidente Lula para defender o projeto.

Os servidores levantaram a possibilidade de fazer, neste momento decisivo da greve, uma semana de mobilizações em Brasília, com acampamento e mais um ato público na quarta-feira no STJ, quando os recursos às decisões contrárias à greve devem ser julgados. Essa jornada de protestos, que começaria na terça-feira e terminaria na quinta (24), poderá acontecer, mas dependerá de uma consulta às assembleias nos estados.

Todos os sindicatos devem enviar, até sexta-feira (18), o resultado da consulta sobre a realização desse conjunto de atos, com acampamento da greve em Brasília.
Caso a maioria nominal das entidades decida favoravelmente, as atividades devem ser convocadas pelo Comando Nacional de Greve.

Moção responsabiliza Lula

Os delegados definiram ainda como prioridade dos próximos dias da greve intensificar a pressão sobre o presidente do Supremo. As resoluções da reunião também foram extremamente críticas ao governo Lula, inclusive com a aprovação de uma moção contra o presidente da República pelo ?ataque ao direito de greve?.

A moção diz que o governo tenta impedir qualquer possibilidade de reação dos servidores ao tentar criminalizar o movimento grevista. ?Além de não cumprir a Constituição, Lula usa sua tropa de choque no Congresso para barrar a tramitação?, diz trecho do documento aprovado, referindo-se ao desrespeito à revisão anual dos salários, direito reconhecido pelo STF, mas jamais cumprido pelo governo.

Por Hélcio Duarte Filho, enviado a Brasília

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