SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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31/05/2010

Greve continua e prepara "apagão" no Judicário Federal nos atos desta terça

"Servidores de todos os estados em greve aprovam calendário de manifestações e reafirmam defesa do PCS-4 para derrubar o congelamento salarial de Lula

A greve continua, deve ganhar as ruas nos próximos dias e promoverá um ""apagão"" no Judiciário Federal e no MPU nos atos de 1º de junho pela aprovação do PCS-4. Essas foram algumas das decisões da reunião ampliada realizada pela federação nacional (Fenajufe), em Brasília, no domingo (30).

Com o chamado ""apagão"", a meta é fazer com que a paralisação nacional ganhe o reforço de toda categoria, de quem já está e de quem ainda não entrou na greve. O calendário aprovado prevê ainda novas manifestações no ""aniversário"" de um mês da paralisação por tempo indeterminado, na segunda semana de junho.

Para o dia 7, à noite, está prevista uma vigília à luz de velas em frente à sede do Supremo Tribunal Federal. No dia seguinte, ato público centralizado em Brasília, com caravanas de todos os estados do país. Ambas as atividades foram aprovadas deforma indicativa ao Comando Nacional de Greve, que deverá trabalhar para viabilizá-las.

Greve força negociação, mas é preciso avançar

Na reunião ampliada foi aprovada uma resolução consensual que reafirma a defesa dos projetos que revisam os salários e que tramitam na Câmara (PL 6613/2009, do Judiciário, e PL 6697/2009, do MPU).

Os servidores avaliaram que não é o momento de levantar propostas que possam dividir a categoria e facilitar os planos do governo Lula de congelar os salários por dez anos. “Temos que reafirmar que nossa pauta é o PCS e com um mês de greve criar fatos políticos, temos que ter atos com força e exigir que a Comissão de Trabalho aprove o projeto”, disse Adilson Rodrigues, servidor da JF em Santos e dirigente de base do Sintrajud.

Outra resolução correlata prevê que quaisquer novas propostas que venham a surgir em meio às negociações serão levadas aos servidores nos estados. “Isso é fundamental, para que não haja uma insatisfação na base da categoria, como já aconteceu no PCS anterior”, avalia Rosicler Bonato, servidora da JT do Paraná e uma das representantes do Sinjutra na reunião. Ela destaca a necessidade de que essa consulta seja feita, mesmo com as naturais dificuldades, de forma efetiva e democrática.

Tempo: Copa e eleições preocupam

Cerca de 150 servidores, representando todos os mais de 20 estados que já estão em greve, avaliaram que esse é um momento que pode ser decisivo para exigir do governo, do STF e da Comissão de Trabalho da Câmara avanços nas negociações e a aprovação dos projetos.

Houve a compreensão de que a greve obrigou governo, tribunais e parlamentares a iniciar o processo de negociação. Mas, por outro lado, avaliou-se que isso ainda é lento. “A estratégia do governo tem sido empurrar, empurrar, empurrar... porque eles sabem que nós não temos tempo”, disse Elongio Moreira, servidor da Justiça Eleitoral do Amazonas, primeiro estado a entrar em greve. Referia-se à proximidade da Copa do Mundo e das eleições.

Para o servidor Claudio Klein, do TRF de São Paulo, é hora de colocar a greve nas ruas e fazer barulho. “A categoria já compreendeu a gravidade do momento que estamos passando, se não aprovarmos o PCS agora será muito difícil aprovar qualquer coisa depois”, disse.


Por Hélcio Duarte Filho, enviado a Brasília
Luta Fenajufe Notícias

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