SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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27/05/2010

Após parar o maior tribunal eleitoral do país, servidores do TRE opinam sobre a greve

Um dia após paralisarem o maior tribunal eleitoral do país, o TRE de São Paulo, o sentimento dos servidores é que o medo começa a ser vencido. ?Começamos a quebrar a administração do ?chicote? para construir a solidariedade entre os servidores?, definiu o diretor de base do Sintrajud Cláudio Klein, em assembleia no hall do prédio, na tarde de quinta-feira, dia 27 de maio.

Logo no começo da tarde, depois de um arrastão por todo o prédio, o servidor Marcelo Durães opinava que os colegas que ainda não aderiram à greve estão envergonhados, pois já têm consciência da necessidade da paralisação. Mesmo a chefia, segundo ele, tem encontrado uma forma de ajudar na greve: comprando os bônus para construir o fundo de greve.

Para o grevista, quanto mais forte for a paralisação, mais rápido ela atingirá seus objetivos. ?Temos que trazer o máximo de gente aqui pra baixo... pra gente poder colocar no jornal do Sindicato que o TRE está na greve?, disse.

Opinião semelhante tem a servidora Eliane Silva Neves, que argumenta que muitos colegas estão aguardando o ?movimento engrossar para aderir?. Segundo ela, esta postura é ruim, pois se continuar assim demorará muito tempo para que as reivindicações sejam atendidas, ?o que aumentará o desgaste para aqueles que estão na greve?.

Naturalmente que a maior dificuldade para construir a greve no TRE tem sido desconto. Mas, segundo diversos relatos feitos durante a assembleia e à reportagem, os servidores têm plena consciência de que o desconto é a única forma de a administração impedir a mobilização da categoria.

Se a pressão do lado dos tribunais é forte, a força da greve e dos servidores mobilizados será ainda maior; e a demonstração dada na quarta-feira, dia 26, teve um impacto nacional. Não foi por menos que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em pessoa, sentou para negociar com o STF o PCS. ?Somos importantes agora, antes das eleições, depois delas, a situação mudará. Esta é a oportunidade de virarmos o jogo?, definiu a diretora do Sintrajud e da Fenajufe Ana Luiza.

Diante desta situação, a opinião da ampla maioria dos servidores foi em defesa da manutenção da greve, uma greve de resistência, que deve ser construída dia-a-dia. ?Agora não tem mais jeito, vamos até o final. O TRE está na greve, e muita gente está apoiando. Se a gente voltar atrás, a gente perde o que foi conquistado até agora?, disse o servidor Luis Shimaburkuro se referindo à força e a organização construída até este momento no TRE.




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