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Quarta-feira 26 de maio será o dia D dos servidores do TRE. Reunidos na vigília/assembleia no hall na tarde de quinta-feira, 20, eles decidiram que vão paralisar todo o tribunal demonstrando para a administração que o direito de greve é sagrado, e deve ser respeitado. ?Não podemos ficar levando tapas na cara e ficar quietos. A democracia só foi conquistada porque muitas pessoas antes de nós enfrentaram atos como esse da presidência?, disse o diretor de base do Sintrajud Cláudio Klein se referindo ao desconto dos dias paralisados.
Na terça-feira, dia 25, será realizada uma assembleia para demonstrar aos desembargadores que compõem o Pleno do TRE a disposição de luta por parte da categoria. Neste dia, o Pleno julgará o recurso administrativo ingressado pelo Sintrajud contra a decisão do presidente, desembargador Walter Almeida Guilherme.
Na manifestação desta quinta, além da paralisação de mais de cem servidores no hall do prédio, representantes da categoria se reuniram com quatro desembargadores do Pleno (Gaudino Toledo, Clarissa Campos, Paulo Henrique Lucon e Silvia Rocha Gouveia) para expor os motivos da greve.
Segundo relatou a diretora do Sintrajud Maria Cecília, a paralisação acontece pela demora na aprovação do PCS e pela ameaça de congelamento salarial. Ela argumentou que a data-base da categoria é desrespeitada há anos e que os reajustes salariais dos servidores só foram conquistados por meio de projetos de leis.
Um outro argumento foi que os servidores do TRE zelam e respeitam a democracia. Ela lembrou que nas greves pelos PCSs anteriores (2002 e 2006), ambos em ano eleitoral, a categoria deu conta de todo o serviço represado e garantiu as eleições.
Falando sobre o impacto da repressão sobre os servidores, Marcelo Luiz Durães, conhecido como Chê, argumenta que o risco do desconto existe, mas que é preciso enfrentar e lutar: ?Quem quer ganhar o PCS e evitar o congelamento vai ter que entrar na greve e correr o risco do desconto, assim como todos estamos fazendo?, afirmou.
Visita do presidente do TSE
Na assembleia, os servidores elegeram uma comissão que tentará conversar com o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowiski, que estará em São Paulo nesta sexta-feira, dia 21 de maio, em um evento com o IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo). ?Espero que ele pelo menos nos ouça e se sensibilize, porque há o risco de 10 anos de congelamento e mesmo que ele (o PLP 549) não passe, a gente ainda não conseguiu nada, só vai conquistar com a aprovação do PCS?, disse Marcelo.
