SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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19/05/2010

Assembleia decide: Greve continua

O Judiciário segue em greve até a aprovação do PCS. Essa foi a decisão da categoria na assembleia/ato que aconteceu em frente ao TRF-3, na Av. Paulista, nesta quarta-feira, dia 19. Além dos que trabalham naquela região, estiveram presentes servidores da JT/Barra Funda, da Baixada Santista, de Ribeirão Preto, do Vale do Paraíba e do Grande ABC, entre outros.

A categoria demonstrou que não vai ceder enquanto o PL6613/09 (PCS) não for aprovado. A mobilização dos servidores também é contra o PLP 549/09, que congela os salários: ?Este projeto é a continuidade das políticas neoliberias de FHC, que visa precarizar o serviço público, provocar o seu esvaziamento e abrir as portas para a terceirização?, avaliou a servidora da JT, na Barra Funda, Gisela Borges.

Segundo relataram vários servidores, a greve já ultrapassou os limites da capital do estado e está crescendo a cada dia no interior do estado. É o caso de Ribeirão Preto, que está em greve desde 7 de maio e conta com 100% de adesão. ?Estamos orgulhosos de estar aqui (na capital) com vocês, agora precisamos ajudar a espalhar a greve pelo interior. Os servidores de Ribeirão Preto estarão unidos ao restante da categoria até a vitória final?, disse à assembleia o servidor da JF Luiz Carlos de Morais.

A adesão também está muito forte em Taubaté, São José dos Campos, Santos e Baixada, além do Alto Tietê, com destaque para os servidores de Mogi das Cruzes que ingressaram nos últimos dias e já estão com 90% dos serviços paralisados.

Na opinião do servidor do TRF-3 Francisco Antero a ameaça do congelamento e o fato do PCS estar parado na Câmara têm feito com que a categoria se mobilize com mais força a cada dia: ?Este é o maior começo de greve em comparação com as últimas paralisações que realizamos?, avaliou o servidor que está no TRF desde 2002.

As informações vindas de Brasília foram passadas à assembleia pela diretora da Fenajufe e do Sintrajud, Ana Luiza Figueiredo. A diretora disse que foi formada uma comissão, composta por membros do STF e dos servidores, para negociar com o Ministério do Planejamento. Ela ressaltou que é hora de todos os estados entrarem na greve. ?Sem a paralisação nacional, o governo não vai aceitar as reivindicações dos servidores?, disse ela criticando a postura da direção do Sindjus ? DF que ainda não aderiu à greve, contrariando a vontade dos servidores da Capital federal.

Correição e inspeção
Diretor de base do Sintrajud na cidade de Santos, Adilson Rodrigues destacou que a realização de inspeção e correições está prejudicando a adesão de alguns servidores ao movimento paredista. ?Somos uma categoria com muita responsabilidade, mas a realização das inspeções e correições está prejudicando nosso sagrado direito de greve?, disse. Diante disso, ele cobrou que a presidência do TRF-3 e a corregedoria do tribunal recebam a entidade de classe da categoria para debater a suspensão dos prazos e das correições e inspeções. ?Estamos em greve em defesa da data-base, dos nossos salários e do serviço público de qualidade?, concluiu.

No ato, os servidores receberam o apoio da Conlutas, do Sindsprev, do Sindsef-SP, dos servidores da USP ? que estão em greve há 12 dias ?, de servidores do Incra e do INSS. Todos eles ressaltaram que a luta dos servidores do Judiciário Federal é igual a de outros setores do funcionalismo e que o risco de congelamento atinge a todos no serviço público.




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