SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
.

Notícias do site antigo

19/05/2010

Atos em Brasília e estados vão dizer que servidores não aceitam pagar conta da crise


Greve do Judiciário e MPU vai às ruas nesta quarta para cobrar avanços nas negociações e contestar o congelamento salarial

A greve nacional dos servidores do Judiciário Federal e do MPU vai aportar em Brasília nesta quarta-feira (19), dia nacional de luta pela aprovação dos projetos que revisam o PCS. Também haverá manifestações em outras cidades do país, como São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte, São Luiz, Recife e Maceió.

Em todos os protestos, os servidores vão cobrar avanços nas negociações com o governo e contestar o argumento de que não há recursos orçamentários para atender à revisão salarial da categoria.

As manifestações também devem levar às ruas críticas aos recentes cortes orçamentários nos serviços públicos. Os servidores pretendem dizer ainda que não aceitam ?pagar a conta? da crise econômica capitalista, que vem levando governos de vários países do mundo a decretar o congelamento dos salários no setor público. Isso está ocorrendo na Grécia, na Espanha e Portugal, dentre outros países, e o governo Lula tenta fazer o mesmo no Brasil com projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados (PLP 549/2009).

A concentração para o ato em Brasília está marcada para começar às 15 horas, em frente à Procuradoria Geral da República. De lá, os participantes vão caminhar em passeata até a porta do Supremo Tribunal Federal. Além de uma grande presença de servidores de Brasília, são esperadas caravanas e delegações dos estados.

É consensual no Comando Nacional de Greve que o início da paralisação fez a cúpula do Judiciário se mover em torno da defesa do projeto, parado na Comissão de Trabalho da Câmara. Mas o ritmo lento desse processo preocupa.

Integrantes do comando estiveram com o secretário de Recursos Humanos do STF, Amarildo Vieira, na tarde da terça-feira (18), para cobrar informações sobre as negociações com o Ministério do Planejamento. Amarildo disse que elas estão lentas por conta da recente troca de comando no STF e porque o Planejamento continua alegando que o impacto orçamentário do PL 1366/2009 é alto e não tem como ser aplicado neste ano.

O secretário voltou a garantir que o ministro Cezar Peluso é favorável à proposta e a tem defendido. O encontro do presidente do STF com o presidente Lula ou como ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para tratar do assunto ainda não teria ocorrido. Ele informou aos servidores que as reuniões técnicas com o Planejamento têm acontecido, sendo que a última foi na sexta-feira (14).

Participaram da conversa nos Recursos Humanos os servidores Evilásio Dantas, Lísia Dias, Lourival Matos e Walderson de Oliveira Santos.

A federação nacional (Fenajufe) obteve ainda a informação de que os deputados da Comissão de Trabalho ainda não se reuniram com o ministro do Planejamento.


Por Hélcio Duarte Filho
Luta Fenajufe Notícias




Voltar