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Os servidores do TRE estão demonstrando, a cada dia, que estão dispostos a entrar na greve por tempo indeterminado. Na quarta-feira, dia 19, eles paralisarão os trabalhos por 24 horas e ao final do dia avaliarão a força do movimento. A decisão foi tomada em assembleia na tarde de terça-feira, dia 18 de maio, por mais de 200 servidores, no hall do Tribunal Regional Eleitoral, na R. Francisca Miquelina.
A assembelia aconteceu após a vigília dos servidores, que aguardavam o resultado da reunião de representantes da categoria com o presidente do TRE, desembargador Walter Almeida Guilherme.
?O começo da greve é sempre assim. Quem se lembra dos PCSs anteriores sabe que as primeiras paralisações tinham pouca gente, mas aos poucos vai aumentando. Hoje tem mais pessoas aqui (na assembleia) do que nas assembleias anteriores?, disse a servidora Giovana Reis, no tribunal desde os anos 1990.
A maior preocupação dos servidores é com os descontos dos dias em que a categoria realizou paralisações no eleitoral. Para o servidor Robson França a administração do tribunal não tem outra forma de abafar a greve senão com o desconto. ?Entretanto, a nossa capacidade de negociação será maior se estivermos mobilizados?, disse.
A diretoria do Sintrajud avalia que existe maior disposição por parte dos servidores de aderirem à luta, o que pode ser comprovado pela participação nas assembleias e manifestações realizadas no prédio. Além disso, ?é preciso ter a visão de que sem a greve no eleitoral poderemos ficar sem o PCS e com os salários congelados por 10 anos. Por isso, a hora de acirrar a greve é agora?, argumentou a diretora Cecília Pereira.
Para ela, se os servidores do eleitoral não aderirem à greve, o PCS ficará parado na Câmara. ?Em greve, poderemos inclusive conseguir uma negociação dos dias paralisados com o presidente do TRE?, concluiu.
