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"Não me canso de falar, porque o governo federal pagou 380 bilhões de reais de juros aos banqueiros e especuladores no ano passado e agora quer congelar os nossos salários e se nega a nos conceder o reajuste salarial?, este foi o tom da paralisação no Fórum Pedro Lessa, na Av. Paulista, dada por Antonio Melquiades, diretor do Sintrajud e da Fenajufe.
Na avaliação da diretora de base do Sintrajud Iara Corregliano, o primeiro dia de greve começou bem, comprando com as duas últimas paralisações da categoria, em novembro do ano passado e em 2006. ?Mas ainda não é o ideal?, diz a servidora.
Ela afirma que é preciso consolidar a paralisação nos principais prédios, ampliá-las para os demais fóruns e para o interior do estado.
Perigo do congelamento
Além da luta pelo PCS, os servidores da JF reconhecem o perigo do congelamento, presente do PLP 549/09. Este é o caso de Rodolfo Alexandre da Silva, há sete anos no Judiciário. Ele afirma que chega a uma situação em que o ataque está muito forte e que greve é inevitável. ?Existe uma ameaça forte, que pode congelar nossos salários. Se não construirmos uma greve forte desde o primeiro dia, vislumbro uma situação muito ruim para nós servidores?, disse para os colegas durante o "arrastão" realizado por 12 servidores do prédio no meio da tarde.
Em entrevista à reportagem, ele repetiu um outro argumento utilizado quando o grupo entrava em cada uma das varas do prédio: "Com a greve, há a esperança de se conseguir algo. Mas não fazer a greve é a certeza da derrota", afirmou.
Os servidores do TRF-3 e da 1ª instância encerraram as atividades do dia com um forte ato em frente ao Pedro Lessa.
