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Muitos servidores da Justiça Federal estão indignados com a postura do TRF-3 de discriminá-los na campanha de vacinação contra a gripe H1N1. Segundo informações do tribunal, a campanha começou por volta do dia 20 de abril e não tem data para acabar; nesta quarta-feira, dia 5, havia chegado o segundo lote com 600 doses para a imunização dos servidores.
Para a servidora do fórum das execuções fiscais e diretora do Sintrajud, Angélica Olivieri, a não extensão da vacinação contra a gripe H1N1 aos servidores da JF é mais uma demonstração de descaso com os servidores. Para ela, este descaso começou em 2007, com a edição das portarias 1, 2 e 3, chamadas de antisaúde, que retiraram vários e direitos da categoria.
A diretora relata que as portarias fecharam os ambulatórios médicos nos prédios da 1ª instância, ?mesmo em prédios com mais de mil funcionários?, disse. Angélica também lembra das campanhas realizadas pelo Sintrajud, na luta pela revogação das portarias e pela garantia dos direitos dos servidores: ?Na 1ª instância, as únicas preventivas em relação à saúde visam verificar se o servidor tem ou não diabetes, e como está a taxa de colesterol. Mas não fazem, sequer, uma campanha orientando como se evitar esses males?, denunciou Angélica.
Na mobilização pelo PCS, os servidores pautarão este tema novamente junto às administrações dos tribunais. ?Colocaremos este assunto em pauta na greve que começa amanhã?, disse.
Em maio de 2009, o Departamento Jurídico do Sintrajud já havia protocolado um requerimento solicitando a extensão das campanhas de vacinação realizadas pelo TRF-3 aos servidores da Justiça Federal. ?Dada a importância da prevenção de doenças, requeremos a extensão da campanha de vacinação aos servidores da Justiça Federal da capital e interior adotando as medidas necessárias?, pontua o requerimento.
A advogada do Sintrajud Eurides Rocha lembra que no ano passado o Tribunal realizou uma campanha de vacinação com a ambição de prever várias doenças, como tuberculose, tétano e gripe ?comum?. O Sintrajud, na ocasião, também requereu que a administração adotasse todas as medidas necessárias para a prevenção à gripe H1N1.
?Além de nem responderem o nosso requerimento, a administração repete este procedimento discriminatório com os servidores da Justiça Federal?, disse a advogada.
