SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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27/04/2010

Servidores criticam governo em Ato Unificado na Av. Paulista

Diversos setores do funcionalismo protestaram contra o desmonte do serviço público

Mais de 500 servidores de diversas categorias em luta participaram do Ato Unificado realizado nesta terça-feira, 27, em frente ao prédio do Banco do Brasil, onde funciona o escritório de Representação do Governo Federal. Funcionários do Incra, do Ibama, da DRT, Ipen (Instituto de Pesquisa Nuclear) e do INSS, se uniram aos servidores do Judiciário Federal na luta contra o PLP 549/09, que congela o salário do funcionalismo por 10 anos, e em defesa do serviço público.

Concentrados desde as 12h no TRF, os servidores da Justiça Federal foram em passeata até o prédio do Banco do Brasil, onde já estavam trabalhadores das demais categorias. Em seguida, chegaram os servidores do TRE e TRT/Barra Funda para fortalecer ainda mais o campanha contra o PLP 549.

Representando os servidores do Incra, Elton Lucinda informou que a categoria decidiu em assembleia realizada nesta terça-feira, entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, dia 03. Para ele, essa é a única forma do governo abrir negociação com os servidores, que estão com salários arrochados e defasagem no quadro de pessoal. ?Esse é um governo que nunca cumpriu um acordo com a categoria. A greve é o único instrumento para abrir a negociação?, disse.

O diretor do Sindsef (Sindicato dos Servidores Públicos Federais) Carlos Daniel também criticou o governo. Segundo ele, Lula não tem tempo para negociar com os trabalhadores, mas conseguiu que o Senado aprovasse ?na calada da noite? o PLS 611, que agora tramita na Câmara como PLP 549/09. ?O nosso papel nesse país é primordial. A luta é nossa principal arma, vamos nos manter unidos e mobilizados? disse.

O diretor de base do Sintrajud e servidor do TRE Renato Ribeiro começou seu discurso solicitando aos manifestantes que dessem ?uma grande vaia? aos senadores que votaram a favor do projeto que congela os salários, no que foi prontamente atendido.

Apoio à luta dos servidores
Para dar apoio à luta dos trabalhadores, estiveram presentes os pré-candidatos à presidência da República José Maria de Almeida (PSTU), o Zé Maria, e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).

Zé Maria parabenizou a luta dos servidores e ressaltou que essa política do governo federal leva ao desmonte do serviço público em todo país. ?Esse mesmo governo que diz que não pode dar aumento para o trabalhador porque não tem orçamento pegou R$ 370 bilhões dos cofres públicos para dar para banqueiros e grandes empresários. Então o problema não é de orçamento é de para quem Lula governa?, criticou.

Plínio também se solidarizou à luta dos servidores e lembrou que o PLP 549 ?é absolutamente inconstitucional?. ?Essa não é uma política isolada de Lula é uma imposição do FMI e mostra a subserviência desse governo?, disparou.

Representando a Intersindical, o professor da rede estadual Pedro Paulo lembrou da luta dos professores e defendeu a unidade dos trabalhadores para garantir seus direitos.

Em nome da Conlutas, Dirceu Travesso destacou que com o PLP 549 não são só os salários e direitos trabalhistas que estão em jogo, mas o serviço prestado à população mais carente. ?Não podemos admitir que um governo que deu tanto dinheiro para banqueiro venha com o discurso de que não tem orçamento para atender as reivindicações dos servidores e, pior, congelar salário de trabalhadores?.

Ao final do ato, os servidores demonstraram mais disposição de luta e certeza de que só através da unidade e mobilização terão seus direitos garantidos.




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