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"“Estamos em luta não só pelo nosso reajuste salarial, mas também pelo nosso direito à livre organização sindical”. Esta afirmação da diretora do Sintrajud e da Fenajufe, Ana Luiza Figueiredo, dá o tom do protesto dos servidores da Justiça Federal à cobrança do imposto sindical. O ato aconteceu na tarde de quinta-feira, dia 22, em frente ao TRF-3, na Av. Paulista.
Os servidores também coletaram assinaturas em protesto ao imposto, que, de forma inédita, acontece na folha de pagamento deste mês. O abaixo-assinado será entregue à presidência do TRF-3, que tem a autonomia necessária e pode não efetuar os descontos. Durante o ato, a diretoria do Sintrajud esclareceu que foram tomadas todas as medidas jurídicas necessárias para que o desconto não ocorresse.
O protesto também foi dirigido ao Conselho da Justiça Federal (CJF), por ter sido o único conselho de Justiça no país a ter autorizado o desconto, e à administração do TRF-3, por ser o único tribunal no Brasil a efetuar o desconto.
Para o agente de segurança do TRF-3 Levi Silva, a postura de lutar contra o imposto sindical encabeçada pelo Sintrajud é ótima. “Sou totalmente a favor dessa iniciativa”, disse. Para ele, esta cobrança não faz o menor sentido, uma vez que os servidores públicos são estatutários e não são regidos pela CLT: “Nunca tivemos que pagar este imposto, por que estão fazendo isso agora?”.
O servidor Olavo Adriano além de reclamar da cobrança, ainda critica a postura da CSPB, que ele classifica como gananciosa. Ele ainda afirma que nunca soube da existência desta entidade até a data desta cobrança, ainda denuncia que esta confederação sequer perguntou aos servidores se eles eram favoráveis à cobrança e sentencia: “Este imposto é uma vergonha”.
Eliseu da Silva Trindade, diretor do Sintrajud, ressaltou que a entidade devolverá à categoria a sua parte da arrecadação (60%) e destacou a importância dos servidores se sindicalizarem: “Não vamos aceitar nenhum recurso que não venha de forma voluntária dos servidores. Por isso, queremos que todos sejam sócios do sindicato, para podermos tocar a nossa luta de forma independente do governo e do Estado”, concluiu.
Veja aqui o abaixo-assinado
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