SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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30/03/2010

Parte dos servidores defende romper com a CUT, rejeitada por 80% dos sindicatos da Fenajufe

No dia de trabalhos em grupo, servidores questionaram quem dimensiona a força de uma central por meio da quantidade de sindicatos filiados a ela. Dirigente do Sinjutra-PR, por exemplo, disse que força, no movimento sindical, não se mede por número, mas pela capacidade de mobilização e de luta em defesa dos interesses de quem se está representando.

Mas mesmo se o critério para medir a representatividade for número, não há motivos para manter a filiação. Dos 30 sindicatos filiados à federação, apenas seis (20%) ainda continuam na CUT, sendo que um parou de pagar a mensalidade. Esse dado já seria motivo suficiente para sair da CUT, segundo avaliação de Marcelo Flores, delegado por Santa Catarina.

E se representatividade for medida a partir da defesa de interesses, fica mais difícil ainda defender a permanência da Fenajufe à CUT, segundo reflete o servidor. ?É fundamental a desfiliação, uma vez que a central deixou de ter os mesmos ideais dos trabalhadores, devido ao estrito vínculo com os interesses governistas, tornando-se meramente representação, não nossa, mas do atual governo?.

Para Maria Helena Leal, servidora aposentada do TRF da 3ª Região, manter a filiação tendo-se apenas seis sindicatos filiados é uma ?incoerência gritante?. ?Tá claro porque isso acontece. Ela [a CUT] já não nos representa, não fala por nós. É, de fato, a central chapa-branca, oficial do governo?, explica Maria Helena, expressando, assim como Flores, o que considera representatividade.

Caio Teixeira, delegado pelo Sintrajusc-SC e ex-diretor da entidade catarinense e da Federação, também considera incoerente permanecer ligado à central, se os sindicatos de base expressam o contrário, não sendo, eles próprios, filiados à CUT. ?Não tem sentido, não representa o pensamento majoritário do país?, argumenta.
O diretor jurídico do sindicato da Bahia (Sindijufe-BA), Francisco Filho, também comentou o baixo ?quórum? da CUT entre as entidades do Judiciário Federal. ?Considero uma burrice, já que a maioria dos nossos sindicatos entende, por meio da não filiação, que a CUT não mais nos representa?.
Para Francisco Filho, assim como a CUT, muitas centrais sindicais foram cooptadas pelo governo e passaram de representantes dos trabalhadores a ocupantes de cargos públicos, a exemplo de Luiz Marinho e Ricardo Berzoini, que de dirigentes sindicais passaram a ministros do governo.

Por Janaina de Castro, de Fortaleza (CE)
Da Redação do Sinjutra, especial para o Luta Fenajufe Notícias




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