SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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29/03/2010

Relação da CUT com governo polariza plenário no 1º dia do Congrejufe

No primeiro dia do 7º Congrejufe, as relações da CUT com o governo Lula acabaram no centro das polêmicas e polarizaram o plenário. Os dois palestrantes ? Valério Arcary, historiador, e Artur Henrique, presidente da central ? discorreram sobre a crise econômica capitalista iniciada no final de 2008 e, na visão deles, até hoje não encerrada.

Mas foi a independência da central frente a governos o que mais mexeu com o plenário, que ensaiou os gritos de ?CUT? sem muito sucesso, sempre abafados por vaias. ?Se a CUT tivesse mantido um pouco mais a independência, [provavelmente] não teria rachado o movimento sindical, não teria surgido a Conlutas, a Intersindical, a CTB?, disse Valério. E indagou se a direção da entidade não é capaz de uma autocrítica: ?Será que não erramos na dose, será que a mão não foi pesada demais, será que na reforma da Previdência não deveríamos estar do lado dos servidores??.

Artur disse que a central é independente, negando que ela seja atrelada ao governo, mesmo admitindo que apóia Lula e Dilma. ?Temos muita independência e autonomia, mas sabemos que temos lado. Temos tanta independência e autonomia que se nós fôssemos ouvir o povo, que está dando esta popularidade ao presidente Lula, nós já deveríamos ser a CUT chapa-branca que vocês nos acusam?.

Valério fez referência a estudos que mostram que mesmo com a popularidade de Lula, as bases dos sindicatos defendem que as direções atuem com independência. Disse ainda que as concessões do governo foram muito pequenas para a ?CUT se calar?. E que a central se encontra num precipício. Ou revê sua política, ou será ?devorada pela poeira da história?.

Por Hélcio Duarte Filho, de Fortaleza (CE)
Luta Fenajufe Notícias
Domingo, 28 de março de 2010




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