SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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28/03/2010

Congrejufe: desafios e independência são debatidos no primeiro dia

No final da tarde de sábado, dia 27, começou o maior congresso sindical da história dos servidores do Judiciário Federal e do MPU. Com mais de 600 inscritos, entre delegados, convidados e observadores, ficou evidente a disposição de se organizar, se mobilizar e enfrentar os ataques do governo, além da luta pela aprovação do PL 6613/09, que revisa o salário da categoria.

De todos os desafios da categoria nacionalmente, pelos discursos feitos no primeiro dia, se reconhece que a luta contra o PLP 549/09, que congela os salários dos servidores públicos por mais de 10 anos, será o maior.

Em sua saudação, na mesa de abertura, o representante da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), o bancário Fernando Saraiva afirmou que enfrentar o congelamento dos salários também significa enfrentar o governo Lula. Ele também destacou o papel que a CUT vem desempenhando durante o governo Lula, atuando como ?apêndice governista dentro do movimento sindical?.

Debate sobre a CUT
Das 30 entidades filiadas à Fenajufe, somente seis estão na CUT. Apenas este fato poderia justificar a saída da federação daquela central, mas existem outras razões para que a Fenajufe deixe a Central. Entre elas está o atrelamento da CUT ao governo Lula, que já ficou evidente em 2003, na Reforma da Previdência. De lá para cá, a CUT deu outros sinais de que está mais ao lado do governo do que dos servidores, como a cobrança do Imposto Sindical. Embora se diga contrária à cobrança, 60% de todo o seu orçamento de 2010 é proveniente do imposto, segundo o jornal O Estado de São Paulo.

A independência da CUT em relação ao governo tomou conta das polêmicas da primeira mesa de debates, que teve como tema a conjuntura econômica, entre o historiador Valério Arcary e o presidente da CUT, Artur Henrique. Na opinião dos dois, a crise econômica, iniciada em 2008, ainda não passou.

Artur Henrique se disse independente, mesmo apoiando governo Lula, e a eleição da ministra Dilma Roussef. Na opinião de Valério, a CUT deveria fazer uma autocrítica por suas responsabilidades perante o conjunto dos trabalhadores, principalmente os servidores públicos e deveriam se perguntar: ?Será que não erramos na dose, será que a mão não foi pesada demais, será que na reforma da Previdência não deveríamos estar do lado dos servidores??.

O debate sobre a desfiliação da CUT está presente em várias teses inscritas no Congresso. E serão estes debates que pautam o 7° Congrejufe neste domingo, dia 28.




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