Sintrajud se solidariza com petroleiros e trabalhadores da Dataprev e da Casa da Moeda


06/02/2020 - Redação

Foto: FUP

 

O Sintrajud manifesta solidariedade à greve nacional dos petroleiros, deflagrada no dia 1º de fevereiro pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados, e repudia a decisão do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, que concedeu liminar favorável à Petrobras.

Numa decisão claramente antissindical, o ministro determinou que 90% dos efetivos operacionais sejam mantidos durante a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 500 mil para a FUP e os sindicatos do Norte Fluminense, Bahia e Espírito Santo e de R$ 250 mil para os demais sindicatos.

Os trabalhadores reivindicam a suspensão do fechamento da Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR), subsidiária da Petrobras no norte do Paraná, e o cumprimento de cláusulas de acordos coletivos de trabalho (ACT). A desativação da fábrica significará o desemprego para mil trabalhadores, de acordo com os cálculos da FUP.

Dataprev e Casa da Moeda

Foto: Fenadados

O Sintrajud também cumprimenta os trabalhadores da Dataprev e da Casa da Moeda. Na Dataprev, a greve iniciada em 31 de janeiro conseguiu suspender a demissão de 493 pessoas, anunciada juntamente com os planos de privatizar a empresa.

Outra conquista foi a mediação do TST para as negociações que deverão ocorrer entre a Dataprev e a Federação Nacional dos Empregados em Empresas e Órgãos Públicos e Privados de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados). Ao mesmo tempo que tenta se desfazer da Dataprev, responsável por armazenar os dados de milhões de contribuintes e beneficiários da Previdência Social, o governo convoca militares para dar conta dos pedidos de benefícios que se acumularam com a reforma previdenciária e o sucateamento do INSS.

Os trabalhadores da Casa da Moeda, por sua vez, fizeram greve de advertência na última segunda-feira, 3 de fevereiro, quando a produção de passaportes foi paralisada. Eles protestam contra os planos de privatizar a empresa, anunciados pelo governo Bolsonaro, e contra a alteração de benefícios trabalhistas. No dia 10 de janeiro, os trabalhadores ocuparam por cerca de 10 horas a entrada do gabinete da presidência da empresa.

A diretoria do Sintrajud considera que esses movimentos grevistas expressam a indignação contra os diversos ataques do governo Bolsonaro aos trabalhadores e, mais especificamente, aos servidores públicos, antecipando a mobilização que deve unir o funcionalismo na greve nacional marcada para 18 de março.

Os projetos de privatização fazem parte da mesma estratégia de eliminação de direitos, dilapidação do patrimônio nacional e desmonte dos serviços públicos que caracteriza o chamado plano ‘Mais Brasll’ e as ‘reformas’ anunciadas pelo governo.

Os eletricitários têm assembleias até o dia 11 deste mês para debater a campanha salarial e a possibilidade de iniciarem um processo de greve. Os trabalhadores dos Correios – também na lista do Plano de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo, que pretende vender 17 empresas públicas – podem entrar em greve no dia 12. Ao que parece, o ministro Paulo Guedes apressou-se em sua conclusão de que não haveria reação às ‘reformas’ promovidas pelo Planalto.

Assista abaixo ao vídeo produzido pelo Sindipetro Litoral Paulista sobre a greve:

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