O Sintrajud protocolou requerimento nos tribunais e na Diretoria do Foro solicitando que as administrações providenciem nos locais de trabalho a vacinação dos servidores contra a febre amarela.
“Nas últimas semanas os meios de comunicação iniciaram um alerta sobre o risco de contágio pela febre amarela, sobretudo por conta dos acontecimentos envolvendo a morte de vários animais em áreas verdes de São Paulo”, aponta o requerimento protocolado na última sexta-feira, 12, pelo Departamento Jurídico do Sindicato.
“Lamentavelmente, o risco se acentuou depois da morte de pessoas infectadas com o vírus, além da projeção de que o mesmo está se alastrando”, acrescenta o documento.
No domingo, um homem de 49 que morava em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, morreu em Salvador em decorrência da febre amarela. Ele teria contraído a doença no Estado de São Paulo.
Vacina fracionada
Transmitida por mosquitos, a febre amarela tem como sintomas, além da febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas ou em todo o corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maior parte das pessoas apresenta melhora após cinco dias, mas cerca de 15% dos infectados desenvolve a versão mais grave da doença – que tem como principal indicador a volta dos sintomas após um dia de restabelecimento. Nesses casos, a pessoa pode morrer.
Como medida preventiva, o Ministério da Saúde decidiu adotar o fracionamento da vacina em áreas selecionadas. Uma dose que antes era aplicada em uma só pessoa será destinada para quatro. Segundo o Ministério, testes da Fiocruz indicaram que uma dose de 0,1ml (a dose padrão é de 0,5 ml) garante a imunidade por oito anos.
Crianças de 9 meses a 2 anos, pessoas com condições clínicas específicas (como pacientes com HIV/Aids), gestantes e viajantes internacionais vão continuar tomando a dose padrão. Crianças com menos de 6 meses não podem ser vacinadas e os adultos em tratamento quimioterápico ou em condições de saúde que reduzam a imunidade devem consultar um médico para que se avalie a possibilidade de vacinação.