Sintrajud marca presença em curso do Núcleo Piratininga de Comunicação

A delegação do Sintrajud, composta por diretores sindicais e uma jornalista, participou do 29º Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). O encontro foi realizado entre 23 e 26 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Os cursos anuais do NPC são um importante espaço de formação, tanto para os profissionais quanto para diretores e diretoras, o que fortalece a comunicação do Sindicato.

Participaram do evento as diretoras responsáveis pela coordenação da Comunicação do Sintrajud, Ana Luiza Figueiredo, servidora aposentada do TRF-3 e Camila Oliveira, servidora do TRT-2 (Adm.). Além do diretor Ciro Manzano, servidor da Justiça Eleitoral e da jornalista Giselle Pereira.

Na avaliação da diretora do Sintrajud Camila Oliveira (TRT-2/Adm.), o curso foi muito importante, pois contextualizou a comunicação sindical no momento de acirrada disputa política de narrativas. “Precisamos conhecer os fatores que determinam a realidade com foco nos interesses da classe”, disse, lembrando que essa é uma das tarefas da imprensa sindical enquanto instrumento de luta.

Grupo do NPC em aula de história no Palácio do Catete. Foto: Divulgação

O encontro, que reuniu cerca de 170 pessoas entre ativistas e comunicadores de todo o país, este ano teve como tema central “Comunicação e contra-hegemonia: democratização, novas tecnologias e disputa de poder”. Em discussão, a internet e a democratização (ou não) da comunicação; ecossistema da direita; jornalismo na internet; a mídia, as empresas e o golpe de 1964, e violência e direitos humanos. O curso objetivou fortalecer a comunicação sindical como um instrumento de luta.

Os debates abordaram a disputa de ideias na internet, passando também pela distribuição do jornal impresso nos locais de trabalho, como instrumento de divulgação das pautas da classe trabalhadora. Durante os quatro dias, destacou-se a constituição histórico-social do Brasil, com destaque para a herança cultural africana no Rio de Janeiro, o Brasil pós-1930 e a ditadura empresarial-militar.

Reforçou-se durante os dias de debate, a importância de se conhecer a história e as lutas sociais para se fazer uma comunicação sindical que esteja à altura das transformações no mundo da comunicação e no mundo do trabalho. Nesse sentido, é importante conhecer as pessoas com quem nos comunicamos, ou seja, a base do Sindicato.

“É preciso se comunicar de forma que os trabalhadores entendam o que queremos dizer, utilizando-se dos meios disponíveis, como jornais, boletins, cartazes, mídias sociais, vídeos etc”, disse a coordenadora do NPC, Claudia Santiago, parafraseando Vito Gionnotti, criador do curso anual. Vito, que faleceu em 2015, esteve no início dos anos 2000 realizando um curso de comunicação sindical no Sintrajud, na sede da entidade, na capital paulista.

O Curso do NPC começa em 1994, em São Paulo, com um público de aproximadamente 30 pessoas. Hoje, ele acontece no centro do Rio de Janeiro e já está em sua 29º edição, com cerca de 170 participantes e reúne diversos dirigentes sindicais, jornalistas, pesquisadores e estudantes de todo o Brasil.

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