Sintrajud mantém posicionamento contrário ao fechamento dos postos de atendimento em reunião com a gestão do TRE-SP


10/02/2025 - Tatiana Botosso
Sindicato também irá pleitear ampliação do prazo determinado pela administração para adequação dos/as servidores/as a outras zonas eleitorais.

A reunião com a administração do TRE-SP foi realizada nesta quarta-feira (05) em formato híbrido: presencialmente, na sede do TRE-SP e on-line pelo Google Meet, com a participação de diretores de base e servidores de postos eleitorais do interior. Os principais pontos de pauta foram: o fechamento de vários postos de atendimento e o retorno compulsório dos/as servidores/as requisitados.

Participaram presencialmente os dirigentes do Sintrajud: Lutemberg de Souza, Maurício Rezzani, Raquel Morel Gonzaga, Marcelo Durães e o advogado César Lignelli. O diretor de base Geremias Ferreira, e os servidores Patrícia Coutinho e Edmir Pereira, fizeram suas participações de forma on-line.

Representando a gestão do tribunal, estiveram presentes: o diretor geral, Cláucio Cristiano Corrêa; a secretária de planejamento estratégico e de eleições, Regina Rufino; a secretária de gestão de pessoas, Paula Helena Silva; o secretário da corregedoria, André Luiz Pavim; e o assessor de estatísticas e ciências de dados, Gilberto Almeida Junior.

A principal pauta da reunião foi o fechamento de diversos postos do TRE-SP e o retorno compulsório dos requisitados. O dirigente Lutemberg questionou a falta de transparência por parte da administração na tramitação da decisão que resultou no encerramento das atividades dos postos eleitorais. Lutemberg também enfatizou que uma grande quantidade de eleitores será atingida com essa medida, que trará prejuízos à prestação dos serviços. 

Já o advogado César Lignelli relatou que a Corregedoria do Tribunal foi comunicada do posicionamento do Sintrajud contrário à extinção dos postos de atendimento, e que o TRE, até o momento, não apresentou um cálculo do custo da manutenção dos postos eleitorais, visto que uma das justificativas para o fechamento deles é a economia de recursos.  Dr. César também expôs que, desde 2020, tem ocorrido uma política de digitalização dos serviços, que não atende a população que faz parte da exclusão digital. O advogado do também entende que, para melhorar as relações entre a administração e o sindicato, é preciso que haja mais transparência e diálogo por parte do Tribunal.

Em resposta, o diretor Cláucio Corrêa afirmou que existe um grupo de trabalho que avaliou a questão do fechamento dos postos, e que a capilaridade dos serviços está sendo mantida pelos postos de atendimento virtual e a parceria cidadã. Em relação a vida cotidiana dos/as servidores/as lotados nos postos eleitorais que serão fechados, ele disse que entende, e que será avaliada uma maneira de causar o menor impacto possível, e que alguns até poderão escolher o cartório eleitoral mais próximo no qual irão trabalhar.

Raquel Morel, diretora de base, afirmou que boa parte da população que tem procurado o serviço eleitoral para regularizar o recebimento dos benefícios é a de “analfabetos digitais”. Já em relação à situação dos requisitados. E que a implementação da terceirização nos cartórios substituindo a força de trabalho fornecida pelos requisitados, tornará a gestão do TRE-SP cada vez mais inserida no contexto privatista. Ela disse que sua preocupação não é apenas com os/as servidores/as, mas também com a qualidade do serviço público prestado à sociedade.

Cláucio Corrêa vinculou o fechamento dos postos ao prazo final estabelecido para o retorno dos requisitados aos seus órgãos de origem, e afirmou que o fechamento dos postos deve ocorrer até 30 de junho, na mesma data em que os requisitados vão embora dos cartórios.

O diretor Maurício Rezzani solicitou que seja agendada uma nova reunião com a administração do TRE para tratar de outras questões, como o teletrabalho e o auxílio saúde. O diretor respondeu que a questão do teletrabalho deve ser tratada somente com o presidente do TRE-SP.

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