Na manhã desta quinta-feira, 30 de setembro, trabalhadores de diversas categorias promoveram um ato em frente à mansão do senador Flávio Bolsonaro, no Lago Sul, em Brasília. O Sintrajud esteve presente e levou a pauta da luta contra a ‘reforma’ administrativa – que ficou conhecida como a ‘PEC das rachadinhas’ -, junto com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). O protesto teve como pautas também a fome no Brasil e as sucessivas denúncias de corrupção que envolvem a família Bolsonaro.
A mansão do filho 01 do presidente da República é alvo de denúncias pela incompatibilidade com o patrimônio declaradamente legal do senador, que diz ter vendido a franquia da Kopenhagen conhecida pelo Brasil quando estourou o escândalo das rachadinhas controladas pelo ex-PM Fabrício Queiroz na época em que era assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O esquema revertia até 80% dos salários de funcionários comissionados de volta para o filho de Bolsonaro, segundo denúncias ao Ministério Público Estadual. A própria franquia de chocolates foi apontada pelo MPRJ como também incompatível com o patrimônio de Flávio e sua esposa, levantando a suspeita de uma forma de lavagem do dinheiro das rachadinhas.
Comprado por R$ 6 milhões em março deste ano, no Condomínio Ouro Branco, o imóvel alvo do protesto desta manhã tem 2.400 metros quadrados e um valor de R$ 18 mil por mês, que consumiria 49% dos ganhos mensais do casal.
Flávio tem protagonizado também sucessivas tentativas de desestabilizar as sessões da CPI da Covid no Senado, como ontem, durante o depoimento do dono da Rede Havan, Luciano Hang.