Sintrajud convoca para o Grito dos Excluídos, que questiona os 200 anos de Independência


06/09/2022 - Hélio Batista Barboza
Manifestação do dia 7 começa na Praça da Sé, “para dar voz a quem não teve desde o famoso Grito do Ipiranga”.

Pastorais sociais da Igreja Católica e movimento ligados a outras denominações religiosas, além de associações profissionais, centrais sindicais e sindicatos (entre eles o Sintrajud) reúnem-se no feriado de 7 de setembro para o 26º Grito dos Excluídos de São Paulo.

A concentração começa às 9h, na Praça da Sé (centro de SP), e neste ano tem como lema “Terra, teto, trabalho e democracia! Pão e viver bem!”.

O Grito dos Excluídos é realizado em várias cidades do país, sempre no Dia da Independência, sob a organização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o lema “Vida em primeiro lugar”. O objetivo é chamar a atenção para a exclusão social e para a necessidade de se construir um país mais justo e democrático.

Nacionalmente, a manifestação deste ano será a 28ª, levando para as ruas uma indagação: “Brasil: 200 anos de (In)dependência. Para quem?”. As celebrações começaram na última sexta-feira e vão até o dia 9.

Em meio às mais graves ameaças à democracia desde o fim do regime militar e ao crescimento da fome e da miséria, as comemorações do bicentenário foram abertas com a chegada ao Brasil do coração de D. Pedro I.

“O gesto indica uma valorização da historiografia oficial e dos ‘heróis’ que estampam monumentos pelo país”, diz um texto publicado no site da manifestação. “Mas, há 28 anos, um movimento se organiza para dar voz a quem não teve desde o famoso Grito do Ipiranga.”

Como faz todos os anos, a diretoria do Sintrajud participa do Grito dos Excluídos e convoca os servidores do Judiciário Federal em São Paulo a se juntarem à manifestação.

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