A diretoria do Sintrajud se junta ao movimento de negras e negros, às lutas permanentes contra quaisquer formas de racismo e discriminação para celebrar o Mês da Consciência Negra, que tem como referência o 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra no Brasil – data do assassinato do líder negro quilombola Zumbi dos Palmares, em 1695.
Este mês é um momento de manifestações e atividades que buscam conscientizar, denunciar o racismo e construir um mundo com igualdade racial. Na capital paulista, ocorreu, na terça-feira (20), um ato no Vão Livre do Masp. Atividades que pautam esta luta ocorreram em dezenas de cidades do país.
No Sintrajud, um evento sobre a Consciência Negra foi realizado no dia 11 de novembro (assista aqui).
É um mês especial na luta e organização dos movimentos que combatem o racismo no país. O Sintrajud há muito já se posicionou pelo enfrentamento diuturno da discriminação e em defesa da igualdade racial.
Nesta sociedade que segue extremamente desigual, é mais um momento de refletir sobre o papel estrutural do racismo no capitalismo e a urgência de combatê-lo todas as horas do dia, todos os dias do mês, todos os meses do ano, todos os anos da vida.
Pesquisa realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) mostra que 79% das mulheres e homens no Brasil afirmam que a abordagem policial no Brasil é baseada na cor da pele, tipo de cabelo e roupas.
É sintomático que, em território nacional, a chance de uma pessoa negra ser assassinada seja 2,6 vezes maior que uma pessoa branca. Há uma política genocida em prática no país, cujo principal alvo são os jovens negros.
Tampouco parece obra do acaso que as mulheres negras sejam as mais discriminadas no mercado de trabalho, recebam os menores salários e sejam as mais frequentes vítimas de violência sexual e assédio.
O Sintrajud se junta às entidades e a todas as pessoas que abraçam esta luta com a certeza de que os avanços até aqui conquistados resultam de muita mobilização e resistência.
Uma construção que precisa avançar e se tornar parte do cotidiano do trabalho, da vida doméstica, de todos os momentos da vida. Desafio este também posto aos sindicatos da classe trabalhadora.