Sindicato questiona JF/Santos após princípio de incêndio


17/09/2018 - Luciana Araujo

Um princípio de incêndio ocorrido na madrugada de quarta para quinta-feira (13 de setembro) no segundo andar do Fórum da Justiça Federal em Santos levou ao fechamento do posto de atendimento bancário local e interdição dos elevadores do quadrante atingido. No entanto, a partir da última sexta-feira, os funcionários da 7ª Vara de Execuções Fiscais, que funciona no pavimento, receberam determinação de voltar a trabalhar no local. O Sindicato requereu formalmente informações sobre as medidas tomadas após o fogo ter sido debelado, se há laudo técnico atestando que é possível trabalhar no pavimento e quais as causas do ocorrido.

“O problema é que o odor permanece muito forte. Até as pessoas que passam pelo andar reclamam. As condições ali não estão salubres. Na sexta-feira eu mesmo presenciei três trabalhadoras terceirizadas limpando processos e mobiliário do local, com muita fuligem, sem nenhum equipamento de proteção, máscara, nada”, relata Antonio Carlos Lauriano, servidor da Justiça Federal e diretor do Sintrajud.

Não foi solicitada pelo Sindicato a suspensão do expediente na Vara porque os próprios servidores avaliaram que não seria necessário em virtude do odor, dado o excesso de trabalho. No entanto, o Sindicato busca garantias formais de segurança no andar e no conjunto arquitetônico. Além de medidas preventivas a novos incidentes nas áreas não atingidas pelo fogo.

Hoje quem está na diretoria do fórum é o juiz Roberto da Silva Oliveira, titular da 7ª Vara de Execuções Fiscais. O Sindicato buscará ser recebido em reunião com o magistrado para dialogar sobre as medidas necessárias.

O dirigente sindical conversou na quinta-feira com o eletricista que atua no prédio – funcionário de empresa terceirizada, mas que trabalha já há alguns anos no fórum – e foi informado de que a causa do princípio de incêndio teria sido um curto-circuito. Ainda segundo informações recebidas pelo diretor do Sintrajud junto aos trabalhadores do edifício, no momento do incidente, entre meia-noite e uma hora da manhã, uma agente de segurança, também terceirizada, debelou o fogo após acionamento do sistema de detecção de fumaça.

“De maneira muito eficiente e corajosa uma única trabalhadora resolveu o problema, mas ao que sabemos ainda não houve sequer vistoria dos bombeiros da Justiça Federal, apenas de profissionais civis que atendem à Caixa Econômica”, conta Lauriano.

O local onde o fogo se propagou fica acima dos terminais de auto-atendimento do banco.

Ainda segundo o diretor, o episódio gerou preocupação também pelo fato de não haver mais brigada profissional de combate a incêndios permanente. “Já tivemos funcionários de uma brigada oficial de incêndio, que diariamente passavam pelos andares verificando situação da parte elétrica e outros agentes de risco, mas há muito tempo não temos mais. O prédio passou por um curso de formação de brigadistas entre os próprios servidores, mas é um processo insuficiente, de poucas horas”, afirma Lauriano.

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