Servidores preparam ato em defesa dos direitos trabalhistas nesta terça-feira, 11


07/07/2017 - Shuellen Peixoto

Na luta para barrar a Reforma Trabalhista, servidores do Judiciário Federal farão uma manifestação nesta terça-feira, 11, às 13h, no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa. O ato foi aprovado na assembleia geral que aconteceu na tarde desta sexta-feira, 7.

A atividade contará com a participação de outros segmentos. Foram convidadas outras entidades sindicais, entidades representativas dos advogados e magistrados, ministério público, além de representantes da Administração do Tribunal.

O ato acontecerá no mesmo dia em que está pautada para ser votada, em regime de urgência, a Reforma Trabalhista que, dentre outros pontos, estabelece a prevalência do negociado sobre o legislado. “A reforma trabalhista significa um rebaixamento geral dos direitos trabalhistas, primeiro atinge os trabalhadores da iniciativa privada, mas depois será usada pelo Governo como justificativa para tirar também direitos dos servidores públicos, que será chamado de privilegiado”, afirmou Inês Leal, servidora JT e diretora do Sintrajud.

Durante a assembleia, servidores defenderam que a aprovação da Reforma Trabalhista irá significar o fim da Justiça do Trabalho, que já vem sendo atacada com cortes no orçamento e proibição de nomeação de novos servidores desde 2016. “A retirada dos direitos trabalhistas vai resultar no  esvaziamento da Justiça do Trabalho”, afirmou Tarcísio Ferreira, diretor do Sintrajud e servidor da JT.

“Os ataques têm conteúdo de classe e não irão se encerrar agora, o foco principal é a destruição da Justiça do Trabalho, agora o que está colocado na linha sucessória é ter um presidente (Rodrigo Maia) que afirmou ano passado que a Justiça do Trabalho não deveria nem existir”, destacou Gabriel Franco, do Sindicato dos Advogados de São Paulo.

Além do ato, o Sintrajud também vai enviar representantes em uma Caravana à Brasília para fazer pressão contra a aprovação desse projeto de retirada de direitos.

Moção de Repúdio

A assembleia aprovou também moção de repúdio contra o ataque racista sofrido pelo metalúrgico Luiz Carlos Prates, o Mancha, da CSP Conlutas. Foi publicada em uma página da internet, uma fotomontagem com a imagem de Mancha e de um produto de limpeza, com a inscrição “Dica para não entrar em greve em SJC”, apagando a foto do companheiro em seguida. Além do racismo evidente, a postagem sugestiona inclusive “sumir” com o dirigente.

Os servidores também aprovaram repúdio a prisão arbitrária do professor Altemir Cozer, do Rio Grande do Sul. Altemir foi preso durante uma manifestação no dia 30 de junho por “perturbação da ordem pública”. Mesmo com alvará de soltura expedido no início da noite do dia 30, o professor só foi liberado na manhã seguinte.

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