Servidores do TRT-2 fazem manifesto contra a terceirização no Tribunal


03/05/2022 - Shuellen Peixoto
Diretoria do Sintrajud convida todos os colegas do TRT-2 para assinarem o documento, que será entregue à presidência do Tribunal.

Os secretários e secretárias de audiência do TRT-2 lançaram manifesto contra a terceirização no Tribunal. O documento, em forma de abaixo-assinado, é uma das respostas da categoria de repúdio ao ofício encaminhado pelo corregedor do TRT-2, desembargador Sergio Pinto Martins, ao Tribunal Superior do Trabalho pedindo autorização para contratação de servidores terceirizados para o exercício da função de secretário de audiência na Segunda Região.

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Para a diretoria do Sintrajud, o ofício do corregedor ao TST, que sequer tem competência para medidas como a proposta, é mais um ataque à Justiça do Trabalho e aos direitos trabalhistas. “A intenção do corregedor é clara, é estrangular a Justiça Trabalhista. Nós, servidores, temos que estar unidos contra esse tipo de movimentação, porque hoje são secretários de audiência que estão sob ameaça, amanhã podem ser outros cargos e funções”, destacou Henrique Sales Costa, diretor do Sindicato e servidor do TRT-2.

O pedido do corregedor, desembargador Sérgio Pinto Martins que tem um histórico posicionamentos que atacam os direitos dos trabalhadores, gerou indignação entre os secretários de audiência e demais servidores da Segunda Região.  “Este pedido é um ataque muito grave, talvez um dos mais graves das últimas décadas, mesmo sem base legal e competência do corregedor, foi feito com o evidente interesse de precarizar o serviço público”, destacou Pedro Breier, secretário de audiência e diretor de base do Sintrajud.

O servidor destaca que o manifesto é um dos passos da mobilização e uma forma de demonstrar para a Administração que a categoria não aceitará ataques a seus direitos. “O objetivo é manifestar nosso repúdio a essa proposta de terceirização e comunicar a presidência do TRT que estamos mobilizados e vamos nos manter assim até que este tipo de proposta seja enterrada”, destacou o servidor.  “Quero chamar todos os colegas para que assinem este manifesto, que é um pontapé inicial nessa luta. Vamos continuar mobilizados e tomar medidas necessárias, inclusive com paralisação se for necessário”, convidou Pedro.

A direção do Sintrajud repudiou o ato do corregedor e  levou o protesto contra a tentativa de avanço na terceirização na Segunda Região para audiências com a Amatra (associação dos magistrados) e o juiz auxiliar da presidência do Tribunal Superior do Trabalho. Uma audiência com a presidência do Tribunal também foi solicitada. O objetivo é levar o manifesto assinado pelos servidores e servidoras ao conhecimento da administração.

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