Servidores do Judiciário fazem ato contra os ataques de Temer

Foto: Claudio Cammarota

Contra as reformas do governo de Michel Temer que eliminam direitos da classe trabalhadora, os projetos que esvaziam os serviços públicos, servidores do Judiciário Federal participaram de uma manifestação nesta quinta-feira, 14, em frente ao Fórum Pedro Lessa, na Avenida Paulista. O ato foi parte do Dia Nacional de Protestos e Paralisações e somou forças com manifestações em todo o país.

O dia marcou a retomada da mobilização conjunta neste segundo semestre de 2017, articulada na reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, que reuniu representantes de 102 sindicatos, federações e centrais sindicais em Brasília, no início de agosto.

Em todo o país, os atos e passeatas pediram o arquivamento da reforma da Previdência, a revogação da reforma Trabalhista, cujos efeitos passam a vigorar em novembro, da Lei da Terceirização e da emenda constitucional que congelou os orçamentos públicos (EC 95). Também contestaram o pacote anunciado por Temer que congela os salários dos servidores do Executivo em 2018, aumenta a alíquota previdenciária de 11% para 14% de todo o funcionalismo e prevê dezenas de privatizações, entre elas a da Eletrobrás.

Em São Paulo, a manifestação reuniu servidores do TRF, JF e JEF, que fizeram paralisação de 2 horas, e servidores do TRT, que paralisaram as atividades durante todo o dia 14. “O dia de hoje foi um passo rumo à necessária ampliação da luta contra a aprovação da nefasta Reforma da Previdência, precisamos de uma nova greve geral que pare o país contra a retirada de direitos”, afirmou Ana Luiza Figueiredo, servidora aposentada do TRF e diretora do Sintrajud.

Durante o ato, os servidores da JF, TRF e JEF destacaram a luta que vem sendo travada contra o aumento abusivo no plano de saúde operado pela AMIL. O Sintrajud está preparando uma ação judicial para contestar o aumento de até 47% nas mensalidades do plano.

“A ação judicial é mais um meio de mostrar nossa insatisfação com esse reajuste abusivo”, destacou Gilberto Terra, diretor do Sindicato e servidor da JF/Previdenciário. “Convidamos a todos os colegas para entrarem nesta ação com a gente, quanto mais pessoas, mais forte será a nossa ação”, declarou.

Para participar da ação, o servidor deve ser sindicalizado e preencher uma autorização e um termo de ciência. Quem não é filiado, ainda pode se sindicalizar e ser representado no processo. Também deverão ser encaminhados ao departamento jurídico do Sindicato, até 22 de setembro, as cópias do RG, CPF e contracheques dos meses de julho e agosto.

Veja aqui todas as instruções e os formulários a serem preenchidos.

Paralisação de 24 horas no TRT

No TRT os servidores fizeram uma agitação no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa pela manhã, para marcar a paralisação de 24 horas. Além das pautas gerais, os servidores protestaram contra o desmonte da Justiça Trabalhista e contra o Ato GP/CR nº 5/2017, que expõe os oficiais de justiça ao risco de desvio de função e de prejuízos remuneratórios.

“O Governo Temer desfere ataques para cortar e precarizar o serviço público, nossa tarefa é se organizar e continuar na luta em defesa do serviço público e de qualidade e contra a retirada de direitos dos trabalhadores”, afirmou Tauff Gannem, diretor do Sintrajud e servidor do TRT. “Hoje paralisamos algumas varas, mas não parou por aqui, vamos ampliar esta luta e contra a retirada dos nossos direitos”, finalizou.

TALVEZ VOCÊ GOSTE TAMBÉM

PEC 10 vai ao Plenário após ser aprovada na CCJ com garantia de quinquênios só para juízes e autoridades

Confira aqui o passo a passo para participar da assembleia do dia 27/4 e eleger seus/suas representantes

O que é e porque é fundamental aprovar o PCCS