Servidores/as com deficiência reforçam luta anticapacitista no PJU e campanha “Sônia livre”

Em reunião do Núcleo de Servidores/as com Deficiência do Sindicato, debateu-se a luta contra o capacitismo e foram apresentados informes sobre as ações pela aprovação do PL 300/2017. A iniciativa do Sintrajud contou com a participação do organizador da Parada do Orgulho PcD Marcelo Zig e do advogado e ex-atleta paraolímpico, Leonardo Silva. Mediou a atividade a diretora Camila Oliveira, servidora do TRT-2.

Os convidados destacaram a importância da criação de espaços coletivos, como o do Sindicato, que discutam o capacitismo, criando formas para enfrentá-lo coletivamente, compreendendo que essa é a base estrutural do sistema capitalista. Outro ponto em destaque tratou da campanha que pede liberdade para Sônia Maria de Jesus, mulher, negra, surda, vítima de trabalho escravo em Santa Catarina. A reunião foi realizada de forma virtual, no dia 26 de setembro.

Sobre a luta das Pessoas com Deficiência, Marcelo Zig pediu apoio para a campanha “Sônia livre”, tema da Parada do Orgulho PcD deste ano em São Paulo. Reforçou a necessidade de se exigir da justiça a liberdade para Sônia Maria de Jesus, mantida há mais de 40 anos em condições análogas à escravização, na casa do desembargador do Tribunal de Justiça Jorge Luiz Borba. “Se não houver pressão popular, ela vai viver até o resto dos seus dias na casa do seu algoz”, alertou Zig, um dos organizadores da Parada do Orgulho PcD.

Outro convidado, Leonardo Silva criticou o conceito de normalidade, criado pelos opressores para segregar e justificar o capacitismo. Historicamente, a igreja definiu a deficiência como uma punição divina, fruto do pecado, algo anormal. No capitalismo, as pessoas com deficiência são tidas como mercadorias defeituosas e, sob a lógica da precarização, paga-se cerca de 30% a menos por essa mão de obra do que se pagaria pelo serviço de uma pessoa tida como normal. Alertou que o preconceito está diretamente relacionado ao capitalismo e, por isso, “é preciso organizar as PcD e ir à luta para enfrentarmos o capital”, defendeu Leonardo, que é advogado e ex-atleta paraolímpico.

Durante a atividade, houve várias manifestações sobre a importância de se efetivar a luta anticapacitista nos Tribunais, onde o número de denúncias de assédio moral e capacitismo só aumenta. Nesse sentido, a coordenadora do núcleo Isabella Leal destacou o protagonismo do Sintrajud.

“Um dos objetivos do grupo é partilhar experiências, bem como fortalecer o espaço de formação e ação do Sindicato, que vem atuando coletivamente contra a retirada de direitos”, frisou ela, que vem participando, inclusive, de atividades nacionais em defesa de pautas de interesse do segmento.

Além dos convidados e de Isabella, participaram da reunião as diretoras Camila Oliveira (TRT-2), Ana Poço (JF/Ceuni), Lynira Sardinha (aposentada/TRT-2), e os diretores Ismael de Souza (TRT-2) e Cléber Aguiar (TRF-3), além do coordenador-geral da Fenajufe Fabiano dos Santos e a coordenadora Denise Carneiro. Colegas de outros Sindicatos da base da Federação também contribuíram com o debate, corroborando que é preciso efetivar a garantia de direitos, afora a criação de novos que contemplem a diversidade de servidores do PJU.

Mobilização em defesa do PL 300 segue firme

Em 1º de outubro, a diretora Isabella Leal se reuniu com o mandato da senadora Mara Gabrilli (PSD/SP), relatora do PL 300, no escritório da parlamentar, que fica na Av. Paulista. O projeto dispõe sobre a reserva de cargos em comissão e funções comissionadas para as pessoas com deficiência. Na ocasião, entregou às mãos da assessoria da senadora um parecer técnico elaborado pela Fenajufe e uma nota legislativa sobre o projeto .

No sentido de pressionar os parlamentares para que a proposta caminhe no Senado, a dirigente do Sintrajud acordou na ocasião por construir um encontro em Brasília com várias lideranças sindicais e populares para discutir estratégias de mobilização para que o PL 300 caminhe.

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#ParaTodosVerem

Card na cor preta, com a logo do Sintrajud nas cores vermelha e branco no canto superior direito. Na imagem, vê-se uma reunião virtual, com fotos: Isabella Leal, mulher com sorriso largo, branca, com batom e blusa na cor clara. Homem, com identificação numérica m17468. Camila Oliveira, mulher, branca e com camiseta escura. Leonardo Silva, homem, cabelo e barba castanha, com terno e gravata no tom cinza e camisa branca. Marcelo Zig, homem, negro, cabelos pretos, longos com dread, camisa verde. Cátia, mulher, branca, com cabelos longos e grisalhos. Gilson Amaro, branco, de cabelo curto, liso e preto, usa camisa jeans. Alexandre Faruoli Ferrare, homem, branco, com camiseta preta. Ismael da Silva de Souza, homem, negro, com camiseta vermelha. Paulo Sérgio da Silva Falcão, homem, branco, com camisa preta. Ana Poço, mulher com sorrisos largo, branca, com blusa verde. Sônia, mulher, branca, leva óculos de grau. Cléber Aguiar, homem, branco, cabelo castanho, camisa social na cor branca. Luciana Carneiro, morena, cabelos castanhos e na altura do ombro, com máscara sobre a boca. Lynira, mulher, morena, com óculos de grau e blusa azul. Ester Nogueira de Faria, mulher, morena, numa área verde.

Quanto aos outros participantes: Giovana Lie, Denise Carneiro, Luter, Fabiano dos Santos, Davi Landau, Luis Claudio, não aparecem seus registros fotográficos, apenas tendo sido disponibilizados seus nomes, porém participaram normalmente da reunião.

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