Repúdio: Reitoria da UERJ se alia a Cláudio Castro e põe Choque contra estudantes; parlamentar, jornalista e jovens são presos

O deputado Glauber Braga (à direita na imagem) e estudantes dentro do ônibus do Batalhão de Choque da PMRJ (Foto: Reprodução BandNews)

Em lamentáveis cenas de inédita ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro agredindo estudantes dentro do campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), por convocação da reitoria, autodeclarada “progressista”, três estudantes, um jornalista e o deputado federal Glauber Braga (PSOL/RJ) foram detidos no início desta tarde.

Glauber fora à Universidade defender os alunos, que estavam sendo ameaçados e agredidos pela polícia do governador Cláudio Castro, quando foi preso. A detenção de um parlamentar no exercício das funções, além de inconstitucional, é reveladora do nível a que chegou o contexto de milicianização do Rio de Janeiro.

A PM foi acionada pela administração da Universidade, dirigida pela médica Gulnar Azevedo e o docente do Instituto de Letras Bruno Deusdará, iniciou ação de reintegração de posse para retirar alunos que ocupavam a reitoria desde 26 de julho, reivindicando a retomada de um programa de bolsas estudantis cortado pela Uerj no contexto do estrangulamento orçamentário imposto pela política de ajuste fiscal. Ajuste que não impede sucessivos escândalos de corrupção, desvios de verbas e prisões dos governadores fluminenses há anos, afetando apenas a população, pagadora dos impostos que vão parar nos bolsos de um poder público tomado pelas milícias (grupos formados por militares expulsos por cometer crimes, expressão máxima do apodrecimento do regime “democrático” no estado).

Cláudio Castro é o sétimo governador do Rio de Janeiro indiciado em crimes contra o erário, e a polícia comandada por ele é uma das mais violentas e corruptas do país.

A diretoria do Sintrajud repudia as medidas tomadas pela reitoria da Uerj, a agressão e prisão dos estudantes, do trabalhador da comunicação e do deputado Glauber Braga, que vem sendo intensamente perseguido pelas forças milicianas que tentam caçar o seu mandato. Reiteramos o apoio à luta por mais verbas para a assistência e permanência estudantil e a defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade.

Nada justifica que num ambiente universitário a Tropa de Choque seja usada contra jovens e trabalhadores.

São Paulo, 20 de setembro de 2024.

Diretoria Executiva do Sintrajud

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