Plenária nacional: prevaleceu proposta de Carreira que busca unir a categoria


01/12/2023 - Helcio Duarte Filho
Resoluções da 23ª Plenária da Fenajufe, da qual o Sintrajud participou, convergem para a avaliação de que sem unidade e mobilização conjunta não haverá conquistas

Sozinhos, divididos, sem unidade e mobilizações conjuntas, a categoria não chegará a lugar nenhum na busca de suas pautas. Essa frase sintetiza uma avaliação que prevaleceu e ganhou consenso na 23ª Plenária da Fenajufe, que reuniu quase 300 servidoras e servidores do Judiciário Federal e do MPU, representando os sindicatos da categoria, de 23 a 26 de novembro de 2023 em Belém do Pará.

Foi essa constatação que levou à construção de uma proposta unitária de reestruturação da carreira. Também norteou o plano de lutas aprovado e outras pautas, como a defesa da antecipação da terceira parcela do reajuste salarial, pela recomposição das perdas, defesa da data-base e combate à reforma administrativa. Ficou mais uma vez evidente que, dividida, a derrota das pautas da categoria, sejam as gerais ou específicas de cada setor, tende a ser inevitável.

Encaminhamentos da 23ª Plenária da Fenajufe

Permeou o debate sobre a proposta de Carreira a formulação de um documento que, mesmo não sendo o ideal, também abrigasse demandas de cada segmento do PJU e do Ministério Público da União. Um ponto de partida para restabelecer a unidade nacional da categoria e dar largada a um movimento que tenha efetivamente força para vencer os desafios e obstáculos hoje postos para qualquer projeto desta natureza (A federação informou que a versão final da proposta será disponibilizada em breve).

Política fiscal

Já nos painéis que debateram a conjuntura ficou evidente o quanto o momento é difícil. Exige movimentos fortes e unificados para enfrentar uma política fiscal, aprovada pelo governo Lula/Alckmin num Congresso conservador e neoliberal, que não alterou a lógica orçamentária que vigorava até aqui. Segue penalizando os serviços públicos, os servidores e as políticas sociais.

“Fizemos uma discussão bastante ampla, com todos setores aqui. Para sairmos com a melhor proposta possível, com todos os eixos fundamentais atendidos, ainda que haja alguma questão mais polêmica para a gente debater em outro espaço”, disse o servidor Tarcisio Ferreira, da delegação do Sintrajud, que participou da defesa da proposta. “Foi com esse propósito que buscamos fazer todo esse diálogo, para que esse seja o ponto de partida de uma luta consistente para que a gente possa alcançar nossos objetivos”, observou.

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“A gente não pode deixar que esse processo de divisão nos faça perder a vocação que temos de nos unificar. Temos que olhar as diferenças e ver o que nos une”, disse a servidora aposentada do TRE-SP Cláudia Sperb, também da delegação do Sintrajud, no debate sobre plano de lutas.

“Não vamos conseguir nada se não tivermos a categoria mobilizada, se não tiver um calendário de mobilização unificado, com bandeiras unificadas, todos falando a mesma língua”, defendeu. “A gente deu o primeiro passo, para [a categoria] tomar em seus corações e nas suas mentes com coragem essa luta”, disse a servidora de São Paulo.

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