PJU e MPU participam dos atos contra reformas e desmonte do serviço público


14/09/2017 - Shuellen Peixoto

Servidores públicos federais, metalúrgicos, petroleiros, movimentos sociais e estudantes fazem, nesta quarta-feira (14), um dia nacional de protestos contra as reformas do governo de Michel Temer que eliminam direitos da classe trabalhadora, os projetos que esvaziam os serviços públicos e prejudicam os servidores.

As manifestações marcam a retomada da mobilização conjunta neste segundo semestre de 2017, articulada na reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, que reuniu representantes de 102 sindicatos, federações e centrais sindicais em Brasília, no início de agosto. Na ocasião, a unidade do funcionalismo, a participação de cada servidor nas mobilizações e a articulação de uma resposta firme ao governo foram apontadas como decisivas e uma questão até de sobrevivência do servidor público no Brasil.

Atos e paralisações

Não é possível ainda avaliar as dimensões dos protestos. Mas diversos segmentos do funcionalismo param nesta data por 24 horas. O movimento, neste sentido, é mais forte nas universidades e nos colégios públicos federais. No Judiciário Federal e no Ministério Público da União o dia também é de protestos. Os servidores do PJU no Rio Grande do Sul e da Justiça do Trabalho em São Paulo deliberaram por parar por 24 horas. Haverá paralisações parciais em outros estados. E, na maioria deles, a categoria está sendo convocada a participar das manifestações conjuntas nas ruas, em geral previstas para o período da tarde.

Os atos e passeatas gerais pedem o arquivamento da reforma da Previdência, a revogação da reforma Trabalhista, cujos efeitos passam a vigorar em novembro, da Lei da Terceirização e da emenda constitucional que congelou os orçamentos públicos (EC 95). Também contestam o pacote anunciado por Temer que congela os salários dos servidores do Executivo em 2018, aumenta a alíquota previdenciária de 11% para 14% de todo o funcionalismo e prevê dezenas de privatizações, entre elas a da Eletrobrás.

Os projetos que abrem caminho para a demissão de servidores por suposta insuficiência de desempenho igualmente são criticados, assim como a redução salarial com base no encurtamento da jornada, afastamento unilateral do serviço e o programa de demissões voluntárias, todas propostas em curso do impopular e contestado governo Temer e em parte também adotadas nos estados e municípios.

 

TALVEZ VOCÊ GOSTE TAMBÉM