OJAFs: Pesquisa é encerrada com grande participação do segmento


07/11/2018 - Shuellen Peixoto

Na última sexta-feira (2 de novembro), foi encerrada a pesquisa realizada pelo Sindicato sobre saúde e condições de trabalho dos oficiais de justiça do Judiciário Federal no Estado de São Paulo. Com grande participação do segmento, o estudo coletou informações sobre saúde, contexto de trabalho, assédio moral e exposição à violência no exercício profissional.

“As pesquisas de saúde e condições de trabalho, com critérios científicos e nas quais garantimos o anonimato, são de fundamental importância para defendermos os interesses do segmento junto às administrações”, lembra a diretora do Sindicato e oficiala de justiça lotada na JT/Cubatão Lynira Rodrigues Sardinha.

Os questionários serão analisados e os resultados da pesquisa serão divulgados no primeiro semestre de 2019. Esta é a segunda pesquisa que a direção do Sintrajud realiza neste ano, sempre buscando aproximar cada vez mais o Sindicato e a categoria.

“O principal foco nosso, especialmente no primeiro momento [após o processamento dos dados], será trabalhar os elementos que a pesquisa com certeza vai trazer para cobrar das administrações medidas protetivas em relação aos riscos e situações de stress que os colegas vivem cotidianamente. Depois, penso que será possível avançarmos em políticas efetivas de proteção, cursos e outras ações necessárias”, aponta Lucas José Dantas Freitas, oficial de justiça na JF/Osasco.

Responsável técnico do trabalho, o psicólogo Daniel Luca destaca que “toda intervenção e propostas de alterações no âmbito do trabalho visando à saúde dos trabalhadores têm que se pautar, num primeiro momento, na informação sobre o que acontece de fato, sobre quais são os problemas reais. E é nesse aspecto que a pesquisa se localiza: conseguir identificar em termos quantitativos quais são os problemas pelos quais passam os oficiais de justiça”. O especialista explica ainda que o estudo será trabalhado em conjunto com outros levantamentos já desenvolvidos. “Em termos qualitativos já temos vários relatos, mas ter uma noção do quanto, estatisticamente, essas questões acometem os servidores, quais são as situações mais ou menos frequentes e, sobretudo, as correlações entre cada aspecto – entre o adoecimento mental e o sofrimento de violências ou de assédio moral, são elementos fundamentais para pensarmos em ações e sugestões de mudanças a serem perseguidas enquanto Sindicato e enquanto categoria”, conclui Daniel.

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