Novembro Negro e Feminista tem atividades contra opressões e racismo


19/11/2024 - Giselle Pereira
Participe das mesas de debate que são híbridas (presencial, na sede do Sindicato e on-line, via Zoom), a partir das 14h.

Em comemoração ao Novembro Negro – mês que marca as celebrações da luta antirracista no Brasil – e os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, o Sintrajud realiza no próximo dia 23 (sábado) um evento com dois painéis. A atividade será híbrida (presencial no auditório do Sindicato – Rua Antônio de Godói, 88, 16º andar, Centro – com acesso por sala Zoom), organizada pelo Coletivo de Mulheres Mara Helena dos Reis e o Núcleo de Servidores e Servidoras com Deficiência do Sindicato, com apoio da diretoria da entidade.

Acesse a sala Zoom aqui.

Às 14 horas, o painel “Luta das mulheres – enfrentamento ao racismo, ao capacitismo e a todas as violências e opressões” reúne a jornalista, professora e atriz Manoella Back, a militante anticapacitista Mayra Oliveira e Vera Lúcia Salgado, mulher negra ex- candidata à Presidência da República e integrante da direção nacional do PSTU. A mediação será feita pelas coordenadoras do Coletivo de Mulheres Luciana Carneiro (TRF-3) e do Núcleo PCD, Isabella Leal (TRT-2). 

Também será lembrada a campanha “Sônia livre”, que busca assegurar a libertação de Sônia Maria da Silva, que há mãos de 40 anos vive em situação análoga à escravização na casa de um desembargador em Santa Catarina. O Sintrajud se somou à mobilização.

Na sequência, haverá uma mesa com o servidor do TRT-2 e coordenador do Grupo de Capoeira do Sintrajud, Eduardo Galindo, que vai abordar o tema “Comunicação afrodescendente: o discurso na capoeira angola”.

A iniciativa faz parte dos 21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher. No Brasil a campanha começa no dia 20 de novembro — Consciência Negra —, marcando que o racismo até hoje, passados 136 anos da abolição formal do escravismo colonial, ainda cinde a sociedade entre os que têm privilégios e os que não alcançam direitos. A jornada é marcada ainda pelo 25 de novembro — Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher — e vai até 10 de dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos. 

Neste ano, pela primeira vez na história do país, será feriado nacional, após 20 anos de luta do movimento negro. Uma conquista importante no país onde as polícias matam uma pessoa negra a cada quatro horas. Em 2023, 4.025 pessoas pretas ou pardas foram assassinadas pelas polícias nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados são do relatório “Pele Alvo” da Rede de Observatórios da Segurança. Sob o governo Tarcísio, as operações “Verão” e “Escudo” mataram 93 pessoas. Só no primeiro semestre deste ano, as mortes provocadas por agentes da PM paulista cresceram 71% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Ministério Público estadual.

Marcha 

Nesta quarta (20 de novembro), as tradicionais manifestações em homenagem ao Dia da Consciência Negra vão denunciar o racismo estrutural e celebrar Zumbi e Dandara. Com o lema “Palmares de pé, racismo no chão”, na capital paulista o protesto terá início ao meio-dia com uma programação cultural, seguida de ato religioso e da Marcha, que chega a sua 21ª edição como o 4º evento oficial democrático da cidade de São Paulo. A concentração será na Avenida Paulista.

Outra atividade que promete marcar a data, será a Marcha da Periferia na Brasilândia, que está completando 10 anos. A edição comemorativa ocorrerá também neste sábado (23 de novembro), a partir das 9h, com concentração na praça do Circo Escola (R. Caiapé – Brasilândia). O movimento vai denunciar os governos de Lula, Tarcísio e Ricardo Nunes e fortalecer a mobilização por respeito, reparação e justiça social.

 

Serviço

Novembro Negro e Feminista tem atividades contra opressões e racismo

Debate

Mesa 1: Luta das Mulheres – Enfrentamento ao racismo, ao capacitismo e a todas as violências e opressões

Data: Sábado (23 de novembro)

Horário: 14h

Local: Sede do Sintrajud e via Zoom

Mesa 2: Comunicação Afrodescendente: o discurso na Capoeira Angola

Horário: 16h

Local: Sede do Sintrajud e sala Zoom

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