Nota da diretoria do Sintrajud: Porque não fomos às ruas no dia 26 e vamos ao #30M


30/05/2019 - Redação

A diretoria do Sintrajud vem convidando toda a categoria a participar das manifestações em defesa da educação e da Previdência públicas neste dia 30 de maio. Diferentemente dos atos do último domingo, dia 26, convocados em apoio às medidas do governo – como a ‘reforma’ da Previdência – e contra o chamado “Centrão” no parlamento.

A polarização social que se instalou na sociedade, e cresceu diante dos erros e da ruptura do governo Dilma com a plataforma que a levou à reeleição para agradar ao mercado, tem dado voz a setores que a sociedade brasileira pensava extintos da convivência democrática.

Segmentos reacionários sentem-se à vontade para exigir a volta de ditaduras e propagar a ideologia do ódio contra qualquer um que divirja de seus posicionamentos. Atacam mulheres, negros e LGBTs como se estes fossem a causa dos males sociais e da decadência econômica dos que antes se consideravam membros da elite nacional, ao invés de apontar o dedo para quem oprime e explora a todos: o capitalismo e seus governos títeres.

Em unidade com o mercado, que exige cada vez mais o desmonte dos serviços públicos e a retirada de direitos, grupos de extrema-direita se colocam inclusive contra aqueles que defendem as conquistas da classe, como no caso dos ataques a quem faz a defesa do direito à aposentadoria para todos contra a ‘reforma’ da Previdência.

No último domingo, tais setores consideraram legítimo até mesmo arrancar uma faixa em defesa da educação da fachada de uma universidade pública.

O presidente da República estimula a polarização porque são exatamente esses setores que sustentam sua ideologia de “fim do ativismo”. Enquanto mobiliza esses grupos até mesmo contra coletivos de direita que apoiaram a sua eleição mas agora tentam se distanciar frente aos disparates cometidos nos últimos três meses, Bolsonaro ataca a mídia, mas mantém o farto financiamento publicitário que alimenta a propaganda ideológica diária contra o funcionalismo público e em favor do desmonte do sistema de aposentadorias e pensões chamado “Nova previdência”. E não à toa o presidente acaba de fechar o que chamou de “pacto” com a cúpula do Judiciário, na figura do presidente do Supremo Tribunal Federal, e do Legislativo – tudo para favorecer a retirada de uma série de direitos.

O governo acusa a universidade brasileira de balbúrdia, da mesma forma que nós, servidores do Judiciário, temos sido sistematicamente acusados de “privilegiados” pelo governo e a mídia, para justificar a ‘reforma’ da Previdência.

Por tudo isso, o Sintrajud cumpriu a deliberação já aprovada pela categoria em diversas assembleias e se manteve distante dos atos do último dia 26. E orgulhosamente convocamos a categoria a fazer neste 30 de maio uma mobilização ainda maior que a do último dia 15, para defender a educação e a previdência públicas e preparar a greve geral marcada para 14 de junho.

Vamos juntos defender nossos direitos e nosso país.

Diretoria executiva do Sintrajud

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