No primeiro ato ‘Fora Bolsonaro’ de 2022, servidores cobram reajuste


11/04/2022 - Luciana Araujo
Manifestação retomou unidade de movimentos diversos pelo fim do governo denunciado por genocídio, após dias de luta de mulheres e do funcionalismo.

Representantes do Sintrajud no ato (Foto: Joca Duarte).

No último sábado, 9 de abril, categorias e movimentos sociais diversos voltaram às ruas de 80 cidades no Brasil e em Zurique, na Suíça, para exigir ‘Fora Bolsonaro’. Embora no 8 de março — Dia Internacional de Luta das Mulheres — e nas mobilizações da campanha nacional unificada do funcionalismo federal a defesa do fim do governo que devolveu o país ao Mapa da Fome, ao desemprego e à inflação de dois dígitos, além de ter favorecido a morte de mais de 660 mil cidadãos e cidadãs por covid-19, este foi o primeiro dia de luta pelo impeachment em 2022.

Em São Paulo, os organizadores informam que a manifestação reuniu 30 mil pessoas. O Sintrajud e servidores da categoria estiveram presentes. O Sindicato e outras entidades representativas de funcionários públicos federais levaram ao ato também a demanda pela reposição salarial emergencial de 19,99%. Nos três do atual governo nenhuma carreira federal civil teve qualquer tipo de recuperação das perdas inflacionárias.

“Estamos aqui hoje para enfrentar o governo do genocida, para enfrentar toda essa política que colocou a classe trabalhadora na miséria, com altíssimo desemprego e a população passando fome”, afirmou o diretor do Sintrajud e da Fenajufe Fabiano dos Santos. “É nas ruas que a gente tem condições de enfrentar e esvaziar essa política e trazer um novo projeto que atenda os interesses da classe trabalhadora e não de pequenos grupos que dominam os interesses econômicos do nosso país. É por isso que os trabalhadores do Judiciário Federal estão aqui”, completou o dirigente.

Jair Bolsonaro já foi denunciado à Corte Interamericana de Direitos Humanos e ao Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, por genocídio e crimes contra a humanidade.

Após a concentração na Praça da República, o ato seguiu em passeata pelas ruas do centro velho e foi encerrado no Largo de São Francisco, em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, palco histórico das lutas democráticas no país.

Foi o encerramento de uma semana que teve também atos no Dia Mundial da Saúde (7 de abril), mas a mobilização segue. Servidores já preparam um novo protesto em Brasília, para cobrar o reajuste, com categorias como os trabalhadores do INSS e do Banco Central em greve. No Judiciário Federal a categoria prepara também o Congresso da federação nacional (11º Congrejufe), que será realizado a partir do dia 27 de abril na cidade goiana de Alexânia. A atividade será encerrada no ato de 1º de Maio — Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras marcado para a capital federal. O Sintrajud terá uma representação de 66 delegados e delegadas eleitos em assembleia e até 22 observadores.

Categoria no ato (Foto: CSP-Conlutas).

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