A Diretoria do Sintrajud levou ao Conselho Deliberativo das Entidades da Fenajufe, a federação nacional da categoria, a defesa da construção da mobilização para pautar o projeto do PCCS, instalar negociações efetivas e conseguir aprová-lo.
Para isso, ressaltou-se, na reunião realizada no sábado (8), por videoconferência, que o primeiro passo é a preparação das atividades de 20 de junho de 2024, com paralisações e atos nos estados. Em São Paulo, o Sintrajud convocou assembleia para o dia 15, sábado – no formato híbrido, presencial e por vídeo, a partir das 14 horas, no auditório do Sindicato (Rua Antônio de Godói, 88, 15º andar, Centro da capital).
Entidades sindicais que integram o coletivo LutaFenajufe, assim como setores que não participam do coletivo, caso do Sitraemg, propuseram ainda que já se definisse uma próxima data de mobilização.
O dia sugerido foi 30 de julho, porém a proposta não foi aprovada pela maioria dos participantes. A definição de como será a continuidade do movimento ficou para a próxima reunião do Conselho, marcada para 6 de julho.
Pressão
A proposta de já definir na reunião a nova data de mobilização foi proposta inicialmente pelo Sindjufe-BA e Sitraemg, corroborada pelo Sintrajud e pelos sindicatos de Alagoas e Piauí.
Os representantes destas entidades avaliaram que não haverá avanços nas negociações – até agora estagnadas no Fórum de Carreira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – sem uma forte pressão e mobilização da categoria.
Também destacaram ter sido importante levar ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, a reivindicação de reestruturação da carreira – e arrancar dele a designação de um representante do Supremo para acompanhar as discussões no fórum no CNJ.
Porém reafirmaram ser indispensável que esse processo se apoie nas mobilizações e na construção de movimentos paredistas para que possa de fato andar e ser vitorioso. Daí a importância de preparar um dia de luta com paralisações e expressiva participação da categoria no dia 20 de junho – data definida na plenária da Fenajufe, realizada há poucas semanas em Natal (RN).
“Pontuamos a necessidade de continuidade de luta e que o dia 20 não seja um único ato isolado. Pontuamos que reuniões para negociação não anulam a importância de mobilizar a base da categoria, pelo contrário: as mobilizações fortalecem as negociações porque são nossa ferramenta de luta”, analisou a servidora Anna Karenina, diretora do Sintrajud que representou a entidade na reunião do CDE, juntamente com Isabella Leal, que participou como suplente.
Isabella observa que, embora não tenha sido aprovada já uma nova data de mobilização, durante o CDE as representações dos sindicatos que atuam no Coletivo LutaFenajufe e o Sitraemg destacaram a importância de trabalhar a continuidade desta luta. Isso será novamente pautado na reunião marcada para o dia 6 de julho. A deliberação nacional precisará ainda ser debatida nas atividades da categoria em São Paulo e em outros estados, assinala.
A servidora Luciana Carneiro, da base sindical do Sintrajud e da coordenação da Fenajufe, também reforça a avaliação de que não haverá PCCS sem pressão e uma forte mobilização.”Nos posicionamos mais uma vez sobre a importância de organizar a categoria para a luta para que esse PCCS saia do Fórum de Carreiras e seja enviado à Câmara dos Deputados”, disse.
ERRATA: A data do próximo CDE é 6/7, e não 7/7, como originalmente publicado.