Monitoria Infantil no 9° Congresso é uma conquista das mães e pais do Sintrajud

Enquanto os adultos debatiam os temas norteados pela consigna “Defender direitos e os serviços públicos”, durante o Congresso realizado em Atibaia (SP), os pequenos  desenhavam e brincavam, jogavam bola e aprendiam. O espaço funcionou durante os três dias do evento estadual, que aconteceu entre os dias 4 e 7 de maio, sendo que a abertura ocorreu à noite, na sede do sindicato (São Paulo).

O espaço preparado especialmente para atender os filhos e as filhas das sindicalizadas e dos sindicalizados que estavam no evento, ofereceu tranquilidade para que os delegados e delegadas participassem dos debates, das plenárias e dos grupos de trabalho. Para as crianças, além das brincadeiras, teve roda de leitura. 

A monitoria foi coordenada por uma profissional que cuidou de cerca de cinco crianças cadastradas, sendo que uma delas recebeu os cuidados de uma babá, pois estava na faixa de berçário. No final do 9º Congresso, o servidor aposentado do TRF, Eliseu Trindade, elogiou a diretoria por garantir a recreação infantil. “Senti na pele o que as mulheres sindicalistas passam quando tentam participar de uma ação do sindicato, por não ter com quem deixar o filho”, desabafou, relatando que enquanto participava do Congresso, seus netos – duas crianças, uma de 6 anos e outra de 11 anos foram assistidos com cuidado e carinho.

A consciência sobre o direito das sindicalistas mães, assim como das filhas e dos filhos de contar com um espaço acolhedor, criativo e pedagógico é uma conquista histórica do Sindicato que conseguiu efetivar essa vitória para a base há cerca de uma década.  

Mãe aprova o espaço 

Enfatizada por décadas, a reivindicação tem caráter antipatriarcal – mas às vezes é ignorada, sugere que o cuidado das crianças é tarefa social. Por isso, deve possibilitar, sobretudo, às mães intervir e participar socialmente nas atividades sindicais, movimentos sociais ou ainda em ações correlatas. 

No Sintrajud a iniciativa que já vem tradicionalmente fazendo parte da atividade estadual foi aprovada por Nataly Joana Vieira, do TRT-2, que esteve no Congresso da categoria de caráter deliberativo como delegada e levou a filha de 1 ano e 10 meses. Ela ficou feliz com a iniciativa do sindicato.

“Tive muito medo de que quando me tornasse mãe fosse impedida de participar de atividades sindicais, por exemplo”. O 9º Congresso contou com um espaço de vivência infantil, inclusive para as crianças de colo, como foi o caso da minha bebê”. A monitoria, destacou Nataly, também tem  relevância como ação que propicia a participação efetiva das mulheres no sindicalismo, possibilitando também a igualdade de gênero.

A mãe se sentiu grata por ter contando com uma babá no espaço e elogiou a iniciativa que a permitiu que ela ficasse com filha e ao mesmo tempo ter garantido o direito de ser delegada do 9° Congresso. “Tive condições de estar plena, pois não tive a preocupação de ter que organizar toda estrutura em casa, deixar a minha filha com parentes, etc. Saber que nossos filhos estão bem cuidados, com atividades, que estão se divertindo, facilita muito a participação”. 

A estrutura proporcionada pelo Sintrajud impediu o conflito entre a atuação no congresso e a relação familiar. No ato da inscrição, as sindicalizadas e os sindicalizados foram consultados a respeito da demanda de espaço de monitoria infantil.

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