Embora tenha sido um passo para minimizar as perdas acumuladas dos servidores do PJU e do MPU, não vejo motivos para comemorações, posto que, a maioria das outras carreiras dos servidores públicos conseguiu fechar o acordo em 28% em 4 anos, enquanto nós do Judiciário, com a interferência negativa do presidente do Supremo (Min. Levandovski) com o aval e ajuda dos governistas da nossa categoria permitiu tão somente essa pequena reposição de 21% em 4 anos.
Enquanto nós do PJU/MPU estamos desde 2006 sem aprovação de novo PCS e com os vencimentos congelados, os outros setores do serviço público (Executivo e Legislativo) por exemplo, tiveram reajustes significativos em 2010.
Por outro lado, as carreiras típicas de Estado fecharam acordo em 21% como nós, contudo, ganharam algumas gratificações que variam de R$ 3.000 a R$ 5.0000 (PF, Receita, PFN, AGU por exemplo…)
Não restou outra alternativa para nós do PJU/MPU senão “garantir” essa pequena reposição diante da derrota suja, indecente e injusta que o governo do PT impôs a nossa categoria, a despeito da maior greve da nossa história, que só foi vencida por conta de manobras desonestas e não republicanas que ocorreu dentro do parlamento por ocasião da histórica sessão que derrubaria o veto presidencial ao nosso reajuste.
Importante também dizer que o PL 2648 foi aprovado porque, no final, houve gestões dos Tribunais Superiores, notadamente do Supremo para atender as benesses dos servidores que possuem cargos comissionados e CJ e, de quebra, passou na sombra, mais um reajuste para os magistrados e Ministros e, por final, com o objetivo de tentar calar a boca da categoria e dizer que não há mais razões para trabalharmos desmotivados, dessa forma alegarão que podem aumentar as metas e a sobrecarga de trabalho.
Nessa perspectiva, nos resta organizarmos enquanto categoria consciente de seus direitos e, no momento oportuno, lutarmos para recuperarmos mais uma parte dessa perda acumulada que beira 60%; lutar pela defesa da data base e garantir a manutenção da nossa dignidade enquanto servidores públicos de um poder da República.