Mas o que significa a aprovação do PL 2648 na Câmara?


02/03/2017 - joebetho

Embora tenha sido um passo para minimizar as perdas  acumuladas dos servidores do PJU e do MPU,  não vejo motivos para comemorações,  posto que,  a maioria das outras carreiras dos  servidores públicos conseguiu fechar o acordo em 28% em 4 anos,  enquanto nós do Judiciário,  com a interferência negativa  do presidente do Supremo (Min. Levandovski)  com o aval e ajuda dos  governistas da nossa categoria permitiu tão somente essa pequena reposição de 21% em 4 anos.

Enquanto nós do PJU/MPU estamos  desde 2006 sem aprovação de novo PCS e com os vencimentos congelados,  os outros setores do serviço público (Executivo e Legislativo) por exemplo,  tiveram reajustes  significativos em 2010.

Por outro lado, as carreiras típicas de Estado fecharam acordo em 21% como nós,  contudo, ganharam algumas gratificações que variam de R$ 3.000 a R$ 5.0000  (PF, Receita, PFN, AGU por exemplo…)

Não restou outra alternativa para nós do PJU/MPU senão “garantir” essa pequena reposição diante da derrota suja,  indecente e injusta que o governo do PT impôs a nossa categoria,  a despeito da maior greve da nossa história,  que só foi vencida por conta de manobras desonestas e não republicanas que ocorreu dentro do parlamento  por ocasião da histórica sessão que derrubaria o veto presidencial ao nosso reajuste.

Importante também dizer que o PL 2648 foi aprovado porque, no final,  houve gestões dos Tribunais Superiores, notadamente do Supremo para atender as benesses dos servidores que possuem cargos comissionados e CJ e,  de quebra,  passou na sombra,  mais um reajuste para os magistrados e Ministros e,  por final,  com o objetivo de tentar calar a boca da categoria e dizer que não há mais razões para trabalharmos desmotivados,  dessa forma alegarão que podem aumentar as metas e a sobrecarga de trabalho.

Nessa perspectiva,  nos resta  organizarmos enquanto categoria consciente de seus direitos e,  no momento oportuno, lutarmos para recuperarmos mais uma parte dessa perda acumulada que beira 60%;  lutar pela defesa da data base e garantir a manutenção da nossa dignidade enquanto servidores públicos de um poder da República.

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